segunda-feira, 30 de março de 2015

Levy: "Não podemos errar agora"

“O ajuste econômico-fiscal prevê forte redução das despesas do governo. Nossa programação
financeira é chegarmos aos níveis de 2003, com uma redução de 30% nos gastos. É forte. Precisamos ter muita disciplina fiscal”, declarou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante Almoço-Debate promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais. Liderado pelo empresário João Doria Jr., o evento aconteceu no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo, e contou com a presença histórica de 622 pessoas.

Desde janeiro no cargo, um dos desafios do ministro é promover os ajustes necessários na economia brasileira para que o País volte a crescer. Em sua palestra “Um Programa Econômico para o Brasil”, Levy salientou a importância de estarmos juntos “toda a sociedade e os poderes legislativo, executivo e judiciário precisam se empenhar num esforço único para alcançar uma trajetória de sustentabilidade econômica”.

“É preciso reverter a deterioração fiscal e das contas externas, descontinuar as políticas anticíclicas entre o Brasil, a China e os EUA – reconhecendo que o cenário desses parceiros mudou -, proteger ganhos sociais, fortalecer a nova classe média com a inclusão por oportunidades, além de garantir a segurança e competitividade da nossa economia”, disse.

Levy destaca que o governo está se empenhando na diminuição de gastos, na redução das renúncias, com foco na retomada da produção industrial, não esquecendo da demanda interna. “Precisamos dar os sinais corretos para a volta dos investimentos e é fundamental evitarmos riscos. Os ajustes precisam ser feitos para não perdermos ‘investment grade’, não podemos criar novas despesas sem ter novas receitas e não devemos fazer restrições à livre concorrência. Enfim, não podemos errar agora”, reforça.

"O resultado do PIB mostrou que estamos em uma transição. Começa a haver recuperação das exportações. No ano passado a contribuição foi neutra. Esse ano esperamos que ela possa ajudar o setor externo", disse. “Cortar na carne é importante. Mas não tendo muita carne, não é fácil. No período à frente, temos que estar muito atentos para não aumentar despesas e gastos. Isso é essencial para garantir o equilíbrio e a sustentabilidade fiscal”, recomenda.

Algumas medidas são estruturais, como as regras que alteram o seguro-desemprego. Tais mudanças são a favor de desestimular a rotatividade nas empresas e melhorar a qualidade da oferta de trabalho, na avaliação de Levy. “Queremos aumentar a capacidade da empresa em investir no seu trabalhador. A gente precisa agir rapidamente para voltar a crescer”, recomenda o ministro.

A economia brasileira cresceu 0,1% em 2014. Esse é o pior resultado desde 2009, ano da crise internacional, quando a economia recuou 0,2%. Ao longo de seu discurso, o ministro da Fazenda afirmou que o resultado do PIB de 2014 já era esperado e as ações do governo para este ano a serem colocadas em prática requerem uma agenda de crescimento: na produção, infraestrutura, logística, ajustes fiscais, energia, convergência da inflação para a meta de 4,5%, queda dos juros, entre outros.

O ministro finalizou afirmando confiar no empresário, no seu poder de inovar, de ganhar novos mercados para nos tornarmos mais competitivos. Disse que a presidente Dilma Rousseff tem um genuíno interesse em endireitar as coisas. “Mas trabalhamos com pressões e nem tudo dá resultado conforme planejado. Esse é um caminho que pode dar certo. O ajuste vai ser muito duro, vai ser rápido e exigirá esforços de todos.”

Segundo João Doria Jr., presidente do LIDE, abrir a agenda dos almoços de 2015 com a presença do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reforça a relevância dos encontros. “Não tenho dúvida que o evento de hoje aumentou a confiança do empresariado nas ações do ministro, que tem um cenário extremamente desafiador – frente a uma crise institucional e política –, e será necessário refazer os processos e fazer com que a economia volte a crescer”.

PESQUISA

Ao final do evento foi apresentada a 102ª edição da Pesquisa Clima Empresarial LIDE-FGV, realizada com os 622 empresários presentes ao Almoço-Debate, que revelou resultados bastante preocupantes. “Os índices apontaram as piores notas em todas as esferas, do Municipal ao Federal”, avaliou Fernando Meirelles, responsável pela pesquisa e presidente do LIDE CONTEÚDO. O índice, calculado pela Fundação Getúlio Vargas, é uma nota de 0 a 10, resultante de três componentes com o mesmo peso: governo, negócios e empregos.

A eficiência gerencial e o desempenho dos governos obteve a menor nota ao longo dos 12 anos nos quais a pesquisa é realizada: 0,7% para a esfera federal; 4,7% para estadual; e 1,3% para municipal. Poucos empresários - apenas 11% -, vão empregar em 2015, 39% pretendem mater o quadro atual e 33% vão demitir. A previsão de receita é alarmante, segundo os resultados do levantamento: 38% acreditam que o faturamento será pior este ano em comparação a 2014. “Pela primeira vez, o saldo dos empregos é negativo e muito preocupante”, diz o professor. Entre os fatores que impedem o crescimento das empresas, o cenário político chegou a 77%, ultrapassando a inflação (12%) e o câmbio(10%). Entre a área que precisa melhorar e o tema mais preocupante para o cenário econômico de 2014, os números apontam política, com 39%. Segundo a pesquisa, o clima empresarial despencou para 2,2%, que segundo o professor Meirelles, na linguagem acadêmica “não pega nem segunda época”.

SOBRE O LIDE - Fundado em junho de 2003, o LIDE - Grupo de Líderes Empresariais possui dez anos de atuação. Atualmente tem 1.700 empresas filiadas (com as unidades regionais e internacionais), que representam 52% do PIB privado brasileiro. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para educação, sustentabilidade e programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.

Fonte: assessoria LIDE


quinta-feira, 5 de março de 2015

O segredo para economizar pode estar em ações dentro de casa

Em tempos de crise, o negócio é economizar. E ao invés de depender do governo, dos especialistas, das autoridades e do comércio em geral, os cortes podem começar em casa. Leiam esse artigo bem interessante e prático de Reinaldo Domingos, educador financeiro, autor do best seller Terapia Financeira e dos livros como Eu mereço ter dinheiro, Livre-se das Dívidas e Ter Dinheiro Não Tem Segredo, todos lançados pela Editora DSOP: 

A história é a mesma, quem não conseguem poupar sempre afirmam que isso acontece porque não tem mais de onde cortar os gastos, que já estão no limite do orçamento. Contudo, sabia que existem pesquisas apontando que, nos gastos domésticos, 25% em média são desperdícios? Assim, faço um desafio a você leitor: comece a colocar em prática pequenas ações de economia e veja quanto conseguirá poupar ao fim de um ano.

Em casa, é preciso que todos estejam envolvidos e motivados a realizarem seus sonhos, assim, todos terão estímulos para reduzirem os gastos mensais. É preciso fazer um diagnóstico financeiro e descobrir para onde está indo cada centavo do dinheiro. Com esse número em mão é hora de sentar com a família para inserir a educação financeira no cotidiano, lembrando que não se trata de matemática, planilhas e cálculos, mas sim hábitos e costumes.

Assim, não deve ser uma reunião de corte de gastos, mas sim de projeções de ganhos e objetivos realizados. Também é importante que se mostre que na maioria das vezes a economia se dá em pequenos gastos, que na maioria das vezes nem se percebe que existe excessos. Veja exemplos de como é possível economizar:
 
Na compra de alimentos, evite excessos e otimize a utilização do que se comprou. Prefira comprar no horário final das feiras ou varejões. É possível encontrar produtos bons. Com isso, se pode reduzir em média por mês, no mínimo, R$108,00;
Ao levar as crianças para escola, busque revezamento de pais; se associe com pais de colegas de seus filhos que moram próximos a sua casa. Um responsável leva uma semana, na outra, outro busca e assim por diante, o que pode gerar uma economia, por mês, de R$ 150,00;
Em relação a planos de telefonia celular, fixo e internet ou TV por assinatura, veja se tudo o que possui é necessário. Além disso, negocie com operadoras por descontos. Com isso, se pode garantir uma economia de até R$ 150,00 por mês;
Economia na energia elétrica, gás e água podem garantir bons retornos financeiros. São gestos simples como desligar os aparelhos quando não estão sendo utilizados, apagar as luzes, banhos mais curtos, não deixar a torneira aberta para lavar louça e evitar torneira de água quente, podem gerar economia de mais de R$66,00 mensais;
Nos passeios de fim de semana, pode trocar passeios caros por mais baratos, como trocar shopping, cinema e restaurantes, por passeios no parque, visitas a museus e refeições em casa. Isso pode garantir uma economia mensal de até R$200,00.

Esses são apenas alguns exemplos, mas, com essas simples ações, consegue-se fazer uma economia de, aproximadamente, R$ 671,00 por mês, o que em um ano resulta em uma economia de R$ 8.052,00 sem investimento. Agora, se aplicar esse dinheiro em uma aplicação a 0,6% ao mês, em cinco anos, se terá um total de R$ 48.288,34. Vale a pena ou não tentar?

terça-feira, 3 de março de 2015

Pare de arrumar desculpas e supere suas metas

Confira esse oportuno artigo de Erik Penna, profissional especialista em vendas, consultor, www.erikpenna.com.br
palestrante e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender” e “Motivação Nota 10”. Site:

"Você não consegue escapar da responsabilidade de amanhã esquivando-se dela hoje" (Abraham Lincoln)

Foi só começar o ano para nos depararmos com uma enxurrada de matérias, discursos e previsões pessimistas quanto ao crescimento da economia e o futuro do país.

A pergunta é: será que no final do ano ouviremos que todas as empresas do Brasil tiveram péssimos resultados ou que algumas vão triunfar, enquanto outras ficarão se lamentando?

Digo isso porque tenho ministrado diversos treinamentos em empresas por todo país e percebo que muitos vendedores querem o mérito pela vitória, mas não assumem a responsabilidade quando o objetivo não é alcançado.

Ao conversar com profissionais de vendas escuto 2 tipos de histórias, sendo uma bem diferente da outra na forma de encarar a realidade. Confira:

- O primeiro grupo é aquele formado por vendedores excelentes, que normalmente atingem e até ultrapassam as metas. Quando perguntamos sobre o motivo do êxito, atribuem rapidamente o sucesso à sua performance, ou seja, um fator próprio e interno. Desta forma, desejam reconhecimento e esperam pelo aplauso.

- O segundo grupo é aquele formado por colaboradores que não atingem as metas. Quando são questionados sobre o motivo do insucesso, rapidamente atribuem a fatores externos, como crise no país, incertezas da economia, ajustes do governo, problemas com clientes. Enfim, as desculpas são muito variadas, mas repare que sempre ligadas a um motivo externo que os eximem da culpa pelo baixo resultado.

Chego à conclusão que tem profissional que só quer ser o pai se o filho for bonito, pois se ele for feio, logo transfere para outro a responsabilidade.

Aprecio o livro 4 Hábitos dos Vencedores. Nele, Dick Lyles apresenta 4 atitudes das pessoas de sucesso e um deles é “não troque resultados por desculpas”.

É evidente que fatores externos influenciam os resultados, mas na medida em que você os coloca na mesa para justificar o insucesso, você passa a ter postura de perdedor.

Estude a trajetória dos campeões e dos profissionais de sucesso e perceberá que eles são sempre os responsáveis pela vitória, mas também não fogem nem apresentam justificativas externas quando não conseguem o esperado. Afinal, o segredo é olhar sempre para dentro de si.

Quem deseja ser reconhecido como um vencedor, um verdadeiro campeão, não deve transferir a culpa do insucesso para os agentes externos. Quem é grande sabe que é preciso ter a humildade de reconhecer as falhas para só assim encontrar novos e melhores caminhos.

Certa vez, acompanhei uma entrevista da Luiza Helena Trajano, mega empresária do varejo brasileiro. Quando perguntaram sobre uma crise, ela respondeu:

- Que crise? Crise só se for para a concorrência, aqui não tem crise, aqui tem trabalho, criatividade e inovação.

Portanto, se os números não estiverem a contento, pare de procurar culpados, olhe para dentro de si, mexa-se, inove e maximize sua performance. Somente dessa forma você aperfeiçoará seu desempenho, ampliará seus resultados e, assim, poderá se apropriar dos louros da vitória quando ela chegar.

E lembre-se que os elogios e o reconhecimento dos outros são muito bem vindos, no entanto, saiba que o mais importante são os aplausos que vem do nosso interior.