quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Comércio e Serviços amenizam perdas na economia gaúcha

Hoje compareci ao tradicional almoço de final de ano de mais uma Federação em Porto Alegre, a Federasul - Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul. O presidente Ricardo Russowsky salientou que o setor tem amenizado as perdas da economia e a  educação e inovação são pilares importantes para o crescimento sustentável do Estado. Os números apresentados pelo economista André Azevedo não foram muito animadores. O RS ficou na lanterna, segundo o IBGE, no levantamento do PIB entre todos os estados brasileiros. E as previsões para 2013 são incertas. Confira o release:
 
Ao fazer um balanço do desempenho da economia em 2012, o presidente da Federasul, Ricardo Russowsky, afirmou que apesar do quadro desfavorável para o Rio Grande do Sul, o setor de serviços e, especialmente, o comércio tem evitado um desempenho ainda pior. Com base na retrospectiva elaborada pelo economista da Federasul, André Azevedo, ele mostrou que o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro que apresentou o menor crescimento na última década, entre 2002 e 2010.

Enquanto o crescimento do Brasil foi, em média, 4% anualmente, o Estado cresceu apenas 2,8% ao ano. Russowsky salientou que se apenas tivesse mantido a sua participação no PIB brasileiro (crescendo a mesma taxa do país), o Estado teria produzido R$ 22 bilhões a mais em 2010. O cenário fica ainda pior se forem considerados os últimos dois anos (2011-2012), já que o crescimento médio gaúcho foi de apenas 2,5% ao ano.

“Estamos crescendo menos não só que o País, mas menos do que o mundo. Nessa última década, a economia global expandiu-se 3,5% em média ao ano. Portanto, continuamos perdendo espaço no cenário nacional e internacional”. A boa notícia vem do setor de serviços. Em 2012, enquanto a economia gaúcha deve encolher cerca de 2%, o setor de comércio deverá registrar uma expansão de 8%. O comércio gaúcho também apresenta evolução acima da média nacional, crescendo 8,1% no acumulado dos últimos 12 meses, até outubro. Nesse mesmo período, o volume de vendas do País aumentou 7,6%.  

O desempenho de setores que dependem da renda e do emprego, como os bens de consumo não duráveis, tem se mostrado melhor no período recente. Alimentos, bebidas e fumo já estão acima do pico de vendas anterior, registrado em fevereiro de 2011. Nos últimos 12 meses, as vendas do setor elevaram-se em 14% no Estado, acima da média nacional, de 8,1%, e quase o dobro em relação a fevereiro de 2011. Já os bens de consumo duráveis, que dependem mais do crédito, estão mostrando uma recuperação mais lenta, resultado da própria desaceleração do crescimento do crédito.

Apesar do alento trazido pelo setor de serviços, Russowsky enfatizou que é preciso tomar providências para evitar que o Estado continue a perder espaço no cenário nacional. “Não podemos ficar dependendo de um clima ameno, de uma taxa de câmbio desvalorizada e das benesses do governo federal”. Ele acrescentou que é preciso agir para estimular novos investimentos, especialmente em setores intensivos em tecnologia, mais propensos à inovação e, portanto, capazes de gerar um ciclo virtuoso e sustentável de desenvolvimento.

EDUCAÇÃO

É nesse aspecto que Russowsky reforçou a posição adotada desde que assumiu a presidência da Federasul elegendo a educação e a inovação como pilares importantes para o crescimento do Estado. Ele alertou, por exemplo, que o Brasil investe pouco em P&D, apenas 1,16% do PIB em 2012, enquanto a maioria dos países desenvolvidos e emergentes investe acima de 2% do PIB.

O presidente da Federasul lembrou ainda que o Brasil apresenta uma das menores médias de anos de escolaridade entre os países emergentes, chegando a apenas 7,2 anos em 2010. Nos Estados Unidos a média é de 12,4 anos, na Argentina fica em 9,3 anos e no Chile é de 9,7 anos. Além disso, a qualidade da educação deixa a desejar e o País, em 2009, ocupava a 53ª posição entre 65 países analisados no PISA – teste que mede conhecimento e qualificação de alunos de 15 anos.

A escassez de investimentos tem como consequência, entre outros fatores, um baixo número de pedidos de patentes, um dos limitadores da expansão da produtividade da economia. Para compensar essas carências, Russowsky considerou que é preciso adotar uma estratégia ativa, compensando a escassez de investimentos públicos estaduais em educação, infraestrutura e etc. com investimentos privados por meio de parcerias, utilizando os poucos recursos disponíveis para estimular setores-chave da nova economia (intensivos em tecnologia).

Indústria Gaúcha se recupera (um pouco) da crise de 2012

O ano de 2012 para a atividade industrial gaúcha foi um dos piores da década. O PIB do setor foi negativo. A pequena recuperação acontece quase no final do ano, quando no último trimestre, o segmento atinge o maior nível do pós-crise. Conforme a FIERGS, Federação da Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, o desempenho do setor cresceu 2,1% em outubro. Vejam o comunicado:

Porto Alegre, 19 de dezembro de 2012 – A atividade industrial gaúcha de outubro mostra que o processo de recuperação do setor voltou a crescer com força. O avanço de 2,1% em comparação com o mês de setembro, na série livre de influências sazonais, alcançou o maior nível do pós-crise. “O sincronismo e o vigor dos indicadores associados à produção confirmam a recuperação em curso. A combinação dos estímulos governamentais e do ajustamento dos estoques sustenta esse prognóstico positivo”, avaliou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor José Müller, nesta quarta-feira (19).

Com exceção do emprego, que recuou em outubro pela nona vez seguida e fechou negativo em 0,3%, todas as demais variáveis do Índice de Desempenho Industrial do Estado (IDI-RS), elaborado pela FIERGS, apresentaram expansão: faturamento (4%), compras (2,8%), massa salarial (2,7%), horas trabalhadas (1,4%) e utilização da capacidade instalada (0,3%). “Os problemas estruturais, que determinam a falta de competitividade da indústria, impedem um crescimento mais forte, num quadro em que há pouca folga no mercado de trabalho e o cenário externo segue desfavorável às exportações”, alertou o presidente da FIERGS.

Esse resultado ajudou o IDI-RS a atingir a estabilidade no acumulado do ano (janeiro a outubro), em relação ao mesmo período de 2011, anulando as fortes quedas verificadas no primeiro semestre. A tendência positiva deverá levar o indicador a um leve crescimento no final de 2012. Dos 16 setores industriais pesquisados, os que mais evoluíram foram móveis (6,8%), máquinas e equipamentos (5%) e produto de metal (1,2%). As maiores desacelerações vieram de metalurgia básica (-7,6%), couros e calçados (-2,5%) e veículos automotores (-1,8%).

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Fórum de Líderes Empresarias acontece em SP

O governador eleito pelo Estado de São Paulo nas últimas eleições, Geraldo Alckmin, confirmou na última quarta-feira sua presença na cerimônia de premiação do 35º Prêmio Fórum de Líderes Empresariais, que será realizado na próxima terça-feira, 27 de novembro, a partir das 19h, no Clube A Hebraica, na capital paulista.

Reafirmando a capilaridade das ações desenvolvidas pelo Fórum de Líderes, presidido por Ozires Silva, esta edição também será comtemplada com a presença do governador da Província de Córdoba, José Manuel De la Sota, e do presidente da Câmara de Comércio Argentino Brasileira de São Paulo, Alberto Alzueta. Ao lado de outras autoridades argentinas, De la Sota acredita na importância deste evento, para se aproximar do empresariado brasileiro, de maneira louvável e providencial, tendo em vista as deficientes relações entre os países.

Durante a 35ª edição do Prêmio Fórum de Líderes, o documento Agenda Brasil será entregue a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, diante de cerca de mil dos maiores empresários do país, convidados para ocasião. Este ato simbolizará o pacto entre o empresariado nacional e o Governo Federal, em busca de um ambiente favorável ao florescimento de empresas inovadoras, que por sua vez, vão demandar dos empreendedores a capacitação e a inclusão dos trabalhadores brasileiros, criando um círculo virtuoso de crescimento do país.

"A visão do Fórum de Líderes Empresariais, seus parceiros, apoiadores e de seus membros é criar um plano de desenvolvimento de longo prazo as empresas, devidamente regulamentadas, para poder gerar uma transformação social de grande impacto, fruto da implantação de inovações, que irão assegurar, em longo prazo, o protagonismo do Brasil", conclui o superintendente do Fórum de Líderes, Finho Levy.

35º Prêmio Fórum de Líderes Empresariais
Local| Clube - A Hebraica
Salão| Salão Nobre Marc Chagall
Endereço| Rua Dr. Alberto Cardoso de Mello Neto, 115 - Pinheiros - SP
Data| 27 de Novembro de 2012
Horário| das 19h às 23h
RSVP (Imprensa)| MKT House Comunicação Integrada
Marcela Baptista: (11) 3071-1615 / (11) 96078-9996 / marcela@mkthouse.com

Sobre o Fórum de Líderes Empresariais:

Hoje presidido por Ozires Silva, o Fórum de Líderes nasceu a partir da iniciativa de mobilizar a sociedade civil organizada, através dos empresários, frente à ditadura de estado e ao subdesenvolvimento. Formou-se, então, um grupo de líderes empresariais, a partir da eleição direta por seus pares, que agiria de forma incisiva nas questões estruturais da vida nacional. Jorge Gerdau, Antonio Ermírio de Moraes, Olavo Setúbal, Abílio Diniz, José Mindlin, Paulo Velhinho, Cláudio Bardella, Severo Gomes, assinaram aquele que é chamado Documento dos Oito (pela redemocratização do País), elaborado pela organização ao lado dos economistas Luiz Gonzaga Belluzo e João Manoel Cardoso de Melo, inaugurando o Fórum e assumindo uma posição de pressão democrática, contribuindo, assim, para o processo de abertura política, impugnada em 1986.  A partir daí a competitividade do negócio brasileiro se torna o foco estratégico do Fórum de Líderes para alcançar a evolução social, econômica e democrática do país.

Mais informações em www.lideres.org.br

Facebook: http://www.facebook.com/ForumdeLideresEmpresariais
Twitter: https://twitter.com/forumdelideres

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Artigo: Obama, uma Vitória Emblemática

Oportuno artigo do professor Alcides Leite, que é economista e professor da Trevisan Escola de Negócios, sobre a reeleição do presidente americano Barack Obama. Segue:

A primeira vitória de Obama, em 2008, por uma margem mais dilatada do que a obtida na atual eleição, foi conseqüência, sobretudo, da rejeição da população americana ao governo Bush. A pior crise econômica desde a década de 1930 e o envolvimento em duas guerras inúteis foram motivos suficientes para esta rejeição. O aparecimento de um senador jovem, brilhante orador, portador de um discurso otimista, sem radicalismo, preencheu o desejo de mudança dos eleitores.

A lua de mel dos eleitores com Obama durou pouco. A dificuldade de superação da crise e a forte reação dos setores conservadores da sociedade colocaram o presidente na defensiva. Erros políticos também foram cometidos pelo governo. O maior deles foi ter utilizado os primeiros dois anos, quando tinha maioria no Congresso, na desgastante aprovação da reforma do sistema público de saúde. Embora fosse necessária, esta reforma poderia esperar um pouco mais. A urgência do momento era a redução do desemprego e o equacionamento do déficit público. Se Obama tivesse aproveitado seu capital político para aprovar uma reforma tributária, aumentando os impostos para os mais ricos, ele teria conseguido aumentar a arrecadação do setor público e acelerar o processo de recuperação da economia.

Na segunda metade do mandato, os ânimos acirraram. O partido republicano, com maioria na Câmara dos Deputados, declarou guerra ao Presidente da República. Seus líderes declararam que a prioridade número um do partido seria fazer de Barack Obama presidente de um só mandato. Eles contavam com a lentidão da recuperação econômica, uma vez que, historicamente, jamais um presidente americano havia conseguido se reeleger numa situação em que a taxa de desemprego estivesse próxima aos 8%.

A vitória de Obama, na atual eleição, foi emblemática. Ele ganhou em estados que sofreram muito com a desindustrialização, sobretudo nos setores automobilístico e siderúrgico. O plano de ajuda que Obama implantou no início de seu governo, para salvar estes setores industriais, impediu o agravamento do desemprego em estados como Ohio e Pennsylvania. A vitória na Flórida, por margem mínima, foi garantida pelos votos dos imigrantes latinos. A vitória por larga margem nas costas leste e nordeste americanas foi garantida pelo voto liberal cosmopolita. Os setores que apoiaram Obama, que hoje já são maioria nos Estados Unidos, são aqueles que entendem que o mundo mudou. Eles entendem que não é mais possível ao país se comportar como o Xerife do mundo. Não é mais possível sustentar uma mentalidade conservadora, que se recusa a aceitar as diversidades raciais, políticas e culturais.

A vitória de Obama foi a constatação de que a velha América saudosista ficou para trás. Com a eleição de terça-feira passada os Estados Unidos conseguiram virar mais uma página de sua história. O país conseguiu mostrar que ainda é dinâmico e sabe se adaptar às mudanças históricas.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A Pira Olímpica

Agora que a euforia da Olimpíada de Londres se foi, o negócio é pensar no que ficou de herança. E de compromisso para o Brasil. Acompanhem esse interessante artigo do Fernando Trevisan, que é pesquisador e consultor da Trevisan Gestão do Esporte.

Em 2005, quando a cidade de Londres venceu a disputa para sediar a Olimpíada de 2012, os europeus não imaginavam que o Velho Continente e o mundo mergulhariam numa das mais graves e duradouras crises do capitalismo. Esta, contudo, não impediu que, mesmo sob as limitações de orçamentos mais apertados, os investimentos alcançassem o equivalente a 30 bilhões de reais e as obras fossem entregues com britânicapontualidade. Para efeito de comparação, os custos de instalações e infraestrutura para a competição de 2016 são de R$ 23,2 bilhões, segundo o site oficial do Comitê Organizador do Rio de Janeiro.

Alguns números relativos aos jogos deste ano desafiam as adversidades fiscais, a estagnação e as dificuldades enfrentadas pelas nações da Zona do Euro: 11 milhões de ingressos emitidos,sendo 75% vendidos no próprio Reino Unido; R$ 1,753 bilhão apenas para a produção das cerimônias de abertura (esta encantou o mundo!) e encerramento; um milhão de equipamentos esportivos, incluindo 26.400 bolas de tênis, 2.700 bolas de futebol, 600 alvos de tiro com arco e 376 pares de luvas de boxe; dois milhões de visitantes; 14 milhões de refeições servidas no Parque Olímpico; a construção deste gerou empregos para 46 mil trabalhadores, e 200 mil pessoas trabalham durante a competição.

Tais estatísticas, em pleno cenário macroeconômico turbulento e preocupante do Velho Continente, mostram que o esporte, como negócio, é análogo à têmpera dos próprios atletas quanto à infinita capacidade de superar metas e obstáculos. Não é sem razão, portanto, que o setor atrai cada vez mais publicidade e investimentos. Por isso mesmo, conforme ficou evidente na exemplar organização dos londrinos, é indispensável a profissionalização de sua gestão, incluindo a formação acadêmica de profissionais competentes, a constituição de todo um acervo deconhecimento e sua aplicação prática nos clubes, seleções, administração dearenas, captação de patrocínios, licenciamento de marcas, comercialização de cotas de TV e negociação dos direitos federativos dos atletas, dentre outras atividades.
  
É importante multiplicar ações capazes de fomentar o setor, como promover congressos, seminários e feiras voltados às áreas de gestão e marketing esportivo, pois as demandas serão imensas no Brasil nos próximos anos, em decorrência da Copa das Confederações, em 2013, Copa do Mundo da FIFA, em 2014, em 12 cidades de nosso país, e a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. Também ocorrem um incremento do Campeonato Brasileiro de Futebol, inclusive da série B, a crescente predominância de nossos clubes na conquista de títulos de campeões da Copa Libertadores da América, com sua maior internacionalização, e a diversificação do interesse do público por distintas modalidades, conforme é possível observar nos Jogos Olímpicos de Londres.

Nesse contexto, profissionalismo, competência, conhecimento e experiência são elementos fundamentais. Trata-se de fatores decisivos para que, a exemplo da Pira Olímpica, a chama dos bons negócios ligados ao esporte jamais se apague!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Pesquisa mostra mais pessimismo no varejo

Apesar de ainda otimistas em relação ao futuro, os empresários do comércio no Rio Grande do Sul estão mais pessimistas em relação ao momento atual, tanto no que diz respeito à economia brasileira, à dinâmica do setor ou ao seu próprio negócio. Esses são os principais resultados da edição de julho da pesquisa promovida pela Fecomércio-RS, divulgada nesta segunda-feira (16), e que apura o Índice de Confiança do Empresário do Comércio – Icec – no Rio Grande do Sul.

Em julho, o Icec-RS apresentou uma queda de 12,1% frente a junho e de 13,6% em relação ao mesmo mês de 2011. Todos os indicadores que compõem o Icec-RS - condições atuais, expectativas e investimentos - apresentaram queda tanto na comparação mensal quanto interanual.apresentaram queda tanto na comparação mensal quanto interanual.

O indicador referente à situação atual, contudo, registrou a retração mais acentuada, atingindo o índice negativo de 20,7%, enquanto os aspectos referentes às expectativas para o futuro e aos investimentos do empresário do comércio apresentaram queda de 12,4% e 3,6% em relação ao mês anterior, respectivamente. “Quanto às expectativas, ainda que menos otimistas do que as manifestadas no mês de junho, os empresários permanecem otimistas em relação a pontos como contratação de funcionários e realização de investimentos”, ressalta Zildo De Marchi, presidente do Sistema Fecomércio-RS.

Na análise por porte, a queda do Índice de Confiança do Empresário do Comércio foi mais acentuada para as empresas com até 50 funcionários (-12,1%). Para as empresas com mais de 50 funcionários, o índice registrou queda de 6,1% em julho.

Na avaliação por segmentos, todos os grupos analisados apresentaram queda tanto na comparação mensal quanto na interanual. Na comparação mensal, a maior queda foi verificada no grupamento de semiduráveis (-13,2%). Já, a maior queda interanual foi a dos bens duráveis (-18,3%). “Esse último resultado de certa forma surpreende, dado que atualmente permanecem os cortes de IPI para a linha branca, o que não existia no mesmo período do ano passado”, pondera Zildo De Marchi.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

As Profissões do Futuro

Esta informação saiu no site do Jornal da Tarde, sem crédito. A Chamada nas redes sociais prometia algo que o texto em si não traz - de que tuiteiros profissionais ar até 45 mil Reais mensais. Na verdade não é bem assim, mas de qualquer forma o post traz detalhes importantes sobre o mercado crescente das redes sociais, que está cada vez mais profissional e dinâmico. Segue a notícia:

"Trabalhar com treinamento de funcionários, redes sociais, relações com a comunidade, com o governo, com novos projetos. Profissionais competentes para atuar nesses setores estão em alta no Brasil e no mundo, de acordo com pesquisa feita pela empresa de consultoria em Recursos Humanos Michael Page. E os salários podem chegar a R$ 45 mil por mês.

As sete novas carreiras apontadas pela consultoria já são realidade e terão cada vez mais demanda, segundo o diretor Augusto Puliti. As profissões são: gerente de treinamento em varejo, gerente de identidade visual, gerente de comunidade, gestor de restruturação, gerente de projetos, gerente de relações governamentais e gerente de marketing on-line.

“São profissionais de formação específica, que não tem um longo histórico de atuação no mercado de trabalho. Por isso há poucos bons profissionais nessas áreas”, explica Puliti.

Há demanda para quem está na área de comunicação, recursos humanos, informática, direito, ciências sociais e relações internacionais. “São novas oportunidades que se abrem para profissionais que já têm formação para atuar no mercado de trabalho mais tradicional”, diz o diretor.

A professora de liderança da BBS Business School, Irene Azevedo, explica que esses profissionais tem perfil muito específico para atuar nesses setores. “Ele precisa saber trabalhar em equipe, comandar e supervisionar, ter visão generalista para isso, mas conhecimentos aplicados para conseguir se desenvolver nesses segmentos”, comenta. “Eles precisam estar preparados para trabalhar em ambientes multiculturais, já que são profissionais que acabam precisando de conhecimento em mais de uma área”, completa."


AFINAL, QUE PROFISSÕES SÃO ESSAS?

Procurando na web, não achei as tais sete profissões, mas encontrei várias outras tendências e num dos posts, do site "Trabalhar Online", tem essa relação (muitas delas nada a ver com redes sociais):

Lista de Profissões do Futuro

Aqui fica uma listagem de algumas profissões com potencial no futuro sem critério de ordenação:

- Tecnologias de Informação
-  Sector da Saúde, especialmente, na área de cuidados à terceira idade
-  Biotecnologia
-  Nanotecnologia
-  Sector da Energia
-  Educação e Desenvolvimento Pessoal
- Terapias alternativas
- Tarefas Domésticas
- Trabalho a Partir de Casa
- Marketing de Rede, Internet Marketing e Marketing Online
- Coaching
- Área do Bem-Estar (Ginásio, Estética, Treinador Pessoal,…)
- Recursos Humanos
- Agências de Viagens

#ficaadica !!!!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

84% dos brasileiros têm medo comprar pela internet

O e-commerce brasileiro deve movimentar até 2017 o equivalente a 25 bilhões de dólares, mais que o dobro da projeção para este ano, de 12,2 bilhões de dólares, feita pela Forrester Research. Este crescimento mostra que os brasileiros aderiram de vez às compras online e têm como grande aliado o cartão de crédito. No entanto, uma pesquisa global realizada pela F-Secure com usuários de banda larga em 14 países revelou que 84% dos internautas brasileiros se preocupam com a segurança ao efetuar compras pela web utilizando o cartão, com receio de sofrer algum tipo de ataque hacker e ter os dados roubados. Apenas 5% das pessoas não têm essa preocupação e outros 2% afirmaram que nunca fizeram compras pela web com o cartão de crédito.

A Espanha é o segundo país no qual a preocupação com as compras pela internet também é grande, isso para 79% dos entrevistados, seguido da Índia (77%), EUA (63%) e Inglaterra (62%). Por outro lado, os usuários de cartão de crédito que mais confiam nas compras online são os finlandeses (38%), acompanhados pelos suecos (34%) e os franceses (32%).

“A insegurança aumenta na medida em que as pessoas estão cada vez mais realizando pagamentos por meio de dispositivos móveis mas, ao mesmo tempo, não possuem em seu tablet ou smartphone o mesmo nível de proteção que mantêm em seu PC”, explica Ascold Szymanskyj, vice-presidente de vendas e operações da F-Secure para a América Latina.

Sobre a F-Secure

A F-Secure desenvolve soluções de segurança em software e serviços com o objetivo de proteger conteúdos que trafegam em computadores e dispositivos móveis de empresas e usuários finais. Comercializadas no modelo SaaS, as soluções da F-Secure são utilizadas por mais de 200 operadoras de telefonia em 40 países, totalizando um mercado potencial de 250 milhões de clientes de banda larga fixa e móvel. Fundada em 1988 e com sede em Helsinque, na Finlândia, a F-Secure conta com mais de 990 profissionais espalhados em 20 países, incluindo o Brasil. A empresa está listada na NASDAQ OMX Helsinki Ltd. Website: www.f-secure.com.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Para as empresas aéreas, espaço é luxo pra quem paga

Não é um absurdo? As empresas aéreas estão oferecendo lugares e corredores cada vez mais apertados, pouco espaço para as pernas (apesar do ex-Ministro Jobim ter feito um escarcel e reclamar que ele mesmo tinha pernas compridas, mas não adiantou nada), os obesos são obrigados a comprar duas poltronas, e mais recentemente começaram a oferecer um lugar "conforto" bem na frente (aquele que as pernas podem se esticar mais), por dez Reais a mais na passagem. Como se não bastasse, a GOL lança mais essa "promoção" que reproduzo abaixo. Como são bonzinhos, não é? Aliás, sabem porque temos que subir e travar as mesinhas quando o avião aterrisa e decola? Não é somente por segurança, é porque o espaço é tão apertado que se ocorrer alguma emergência a mesinha tem que estar fechada para as pessoas do meio e da janela saírem rapidamente. Se houvesse mais espaço, tudo seria diferente. Bom, tiraram serviço de bordo e ofereceram comida paga através de um cardápio caríssimo, então é de se esperar qualquer coisa mesmo.

A promoção:

Clientes GOL da Ponte Aérea poderão comprar Assentos Especiais

Companhia irá bloquear poltronas do meio para oferecer maior conforto e privacidade

A GOL Linhas Aéreas Inteligentes, maior companhia aérea de baixo custo e baixa tarifa da América Latina, está lançando os Assentos Especiais nos voos entre Congonhas/São Paulo e Santos Dumont/Rio de Janeiro.  Clientes da companhia poderão adquirir, a partir de R$ 25, os assentos da janela e do corredor localizados entre as fileiras 2 e 7 do lado direito da aeronave, e 3 e 7 do lado esquerdo. Nessas fileiras, as poltronas do meio estarão bloqueadas, garantindo assim mais espaço para viajar.

Recentemente a companhia iniciou também a comercialização dos assentos localizados nas saídas de emergência. Para ocupar esses lugares, os passageiros devem estar aptos a seguir as instruções de segurança, ler as regras, que estão divulgadas no website da empresa, e concordar com elas. 

Para quem voa com Tarifa Flexível ou Smiles Any Day os novos produtos estão disponíveis sem custos adicionais. É a GOL oferecendo mais opções de conforto para a sua viagem.
  

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Pousadas de Canela são sustentáveis

Os proprietários das pousadas canelenses (de Canela, município da serra gaúcha) Blumenberg, Encantos da Terra e Spa Don Ramon recebem o certificado da Norma ABNT NBR 15.401, que engloba as ISOs 9001, 14.001 e 18.001 tratando de sustentabilidade, aliando atividades em prol do meio ambiente, qualidade de gestão e atividades sócio culturais, pelo Instituto Falcão Bauer, neste dia 2 de agosto, durante o primeiro Seminário Estadual para Meios de Hospedagem - Tendências para a Sustentabilidade, promovido pelo SEBRAE.

As pousadas Blumenberg, Encantos da Terra e Spa Dom Ramon receberão os certificados, pois, depois de cinco anos trabalhando e adequando seus empreendimentos, já estão em conformidade com a Norma. “Este diferencial favoreceu que os três estabelecimentos fossem selecionadas pela FIFA para receber turistas durante a Copa”, ressalta a gestora do projeto Sebrae 2014, Amanda Paim.

O trabalho desenvolvido em prol da certificação já rendeu resultados para as pousadas de Canela: no  que diz respeito à gestão, a facilidade para gerenciar é muito maior, já que hoje é possível conhecer exatamente o negócio e saber que caminhos seguir, aumentando, cada vez mais, a qualidade, com envolvimento e comprometimento dos colaboradores, reduzindo custos e, consequentemente, melhorando os resultados; as ações em prol do meio ambiente reduz custos, compromete mais os colaboradores e envolvem até mesmo os hóspedes, com economia de água e luz, redução da geração de lixo e separação, eliminação de agrotóxicos na jardinagem, prioridade para produtos biodegradáveis, entre outros; com a busca de resultados socioculturais, as pousadas passaram a apoiar eventos da região, priorizando fornecedores locais, treinando funcionários e pessoas da comunidade em "Conscientização Turística", em parceria com o Fundo de Turismo; todas estas ações trouxeram resultados positivos também financeiramente. Houve aumento da taxa de ocupação, faturamento e lucratividade, com satisfação dos clientes, contabilizados por um sistema de avaliação dos serviços e produtos oferecidos.

Durante todo o processo de certificação, as pousadas Blumenberg, Encantos da Terra e Spa Don Ramon trabalharam em parceria, apoiando e prestando consultoria para ajudar outros meios de hospedagem a conseguir a certificação e ainda projetam a criação de uma rede de pousadas, hoteis, agências e restaurantes sustentáveis no Brasil. Segundo os diretores das três pousadas canelenses, o apoio do SEBRAE durante todo o trabalho em busca da certificação foi imprescindível.

No Brasil, até então, apenas quatro meios de hospedagem contam com a certificação da Norma NBR 15.401: Hotel Canto das Águas na Chapada Diamantina/BA, Pousada Ville La Plage, Búzios/RJ, Pousada Lagoa do Cassange, Itacaré/BA e Hotel Lençóis em Lençois/BA. As três pousadas canelenses serão as primeiras da Região Sul do País a terem o selo desta certificação.

Para saber mais a respeito das pousadas certificadas, acesse www.hotelblumenberg.com.br, www.pousadaencantosdaterra.com.br, e www.donramon.com.br

1º Seminário Estadual para Meios de Hospedagem - Tendências para a Sustentabilidade 

O evento, que tem promoção e realização do SEBRAE,  será realizado, das 14h às 19h30min, no auditório da UCS – Núcleo Universitário de Canela, rua Rodolfo Schilieper, 222.

Na programação constam palestras sobre temas como Copa do Mundo de 2014; atendimento ao turista; sustentabilidade no turismo e nos meios de hospedagem; e sobre a Norma ABNT NBR 15.401, que engloba as ISOs 9001, 14.001 e 18.001.

O Sebrae/RS também lançará o edital de chamada pública para selecionar dez meios de hospedagem de até 50 unidades habitacionais que receberão apoio da entidade no processo de  implantação da NBR 15.401, assim como aconteceu com as pousadas Blumenberg, Encantos da Terra e Spa Don Ramon.

Conforme o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/RS Vitor Augusto Koch, o trabalho no sentido de preparar estes empreendimentos para os negócios que surgirão em virtude da Copa do Mundo de 2014 tem sido intenso. “O edital que lançaremos durante o evento é uma das iniciativas do programa Sebrae 2014, que está sendo desenvolvido com MPEs de diversos setores da economia”, explica Koch. No caso de hotéis e pousadas, mais do que oferecer boa estrutura, atendimento e preço justo, as empresas precisam adotar ações e iniciativas com foco em sustentabilidade, um dos pré-requisitos da NBR 15.401.

Os interessados em participar devem entrar em contato com a Central de Relacionamento Sebrae: 0800.570.0800.

Programação:
14h: abertura Diretoria do Sebrae/RS
14h30min: Palestra Copa do Mundo e Tendências para Meios de Hospedagem - Eduardo Faraco, consultor do Sebrae e do Senac
15h30min: Palestra atendimento ao turista estrangeiro – Sara Albrecht, jornalista e analista em RI
16h30min: Intervalo
16h50min: Palestra Sustentabilidade no Turismo e nos Meios de Hospedagem - Alexandre Garrido, consultor do Sebrae e ABNT
18h: Lançamento do Edital de Implementação da ABNT NBR 15.401
19h: Cerimônia de Entrega do Certificado da ABNT NBR 15.401
19h30min: Encerramento

Instituto Falcão Bauer da Qualidade

O IFBQ - Instituto Falcão Bauer da Qualidade é um organismo brasileiro sem fins lucrativos, que atua na área de certificação de Produtos e Sistemas de Gestão, com base e parcerias comerciais com organismos internacionais e acreditado pelo Inmetro para diversas certificações de produtos e sistemas.
O IFBQ é uma das primeiras certificadoras de produtos no Brasil, com clientes em todo território nacional, assim como no exterior, em países da Ásia, Europa, Américas do Norte, Central e Sul.
A marca IFBQ está presente no dia a dia dos consumidores brasileiros, garantindo a qualidade dos produtos e serviços, principalmente no que se refere a segurança, a saúde e a preservação do meio ambiente. Fonte: www.ifbauer.org.br

terça-feira, 10 de julho de 2012

Quem quer aumento no próximo ano?

De acordo com dados do segundo trimestre do International Business Report (IBR) 2012 da Grant Thornton, 88% dos empresários brasileiros pretendem aumentar o salário dos seus colaboradores nos próximos doze meses. O percentual está bem acima da média global (65%). A pesquisa engloba mais de 11.500 mil empresas privadas em 40 países.

Dos executivos entrevistados no Brasil que planejam elevar os salários, 63% vão fazer em linha com a taxa de inflação e 25% disseram que o aumento deve ser acima da taxa. Um comparativo com outros países oferece que o empresariado da Alemanha (33%), Índia (30%) e África do Sul (29%) são os que mais esperam aumentar os salários acima da inflação.

“A taxa de desemprego aliada com uma analise do salário real e ajustes salariais são indicadores chave para sinalizar a situação econômica de um país. O importante é analisar se os aumentos salariais são oriundos de melhoria de desempenho, do momento econômico ou depressões inflacionárias,” diz Antoniel Silva, diretor de Gestão e Pessoas da Grant Thornton Brasil.

Entre os países que mais pretendem elevar a remuneração de seus funcionários em linha ou acima da taxa de inflação estão: Argentina e Turquia (ambos com 96%), África do Sul (92%), Hong Kong (90%) e Austrália, Canadá e Suécia (todos com 88%). A Grécia é o mais pessimista com relação à elevação da remuneração nesse ano com apenas 2% dos empresários esperando aumentar os salários nos próximos doze meses, seguida da Irlanda e Armênia (os dois países com 22%).

Regionalmente, a América do Norte (87%) e a América Latina (85%) apresentam o maior percentual de empresários que pretendem elevar os salários nos próximos doze meses. Em seguida aparecem os países do sudeste asiáticos (75%).

Globalmente, os empresários do setor de saúde (90%) são os que mais disseram que pretendem elevar os salários, seguidos pelo segmento de serviços financeiros (88%), Agricultura (82%) e tecnologia limpa (79%).

Sobre o IBR

O International Business Report da Grant Thornton (IBR) é uma pesquisa realizada há 19 anos que tem como objetivo fornecer informações sobre as opiniões e expectativas de mais de 11.500 empresas em 40 economias anualmente. São entrevistados CEOs, diretores, presidentes e outros executivos seniores, levando em conta os cargos mais relevantes para cada país.

Coleta de dados

A pesquisa é realizada principalmente por meio de entrevistas telefônicas com duração de aproximadamente 15 minutos, com exceção do Japão (por correio), das Filipinas e da Armênia (pessoalmente), China continental e Índia (combinação de entrevistas pessoalmente e por telefone), onde as diferenças culturais requerem uma abordagem própria. As entrevistas telefônicas permitem à Grant Thornton International realizar a quantidade exata recomendada de pesquisas e garantir que as pessoas mais apropriadas sejam entrevistadas dentro das organizações que cumprem com os critérios de perfil exigidos. A coleta de dados é administrada pelo sócio principal de pesquisa da Grant Thornton International - Experian Business Strategies. Os questionários são traduzidos para os idiomas locais, e cada país participante tem a opção de realizar perguntas específicas e adicioná-las ao questionário principal.

Sobre a Grant Thornton International Ltd

Todas e quaisquer referências à Grant Thornton International são à Grant Thornton International Ltd ou às suas firmas membro. A Grant Thornton International Ltd é uma das principais organizações mundiais de contabilidade e consultoria com propriedade e administração independentes. Suas firmas prestam serviços de auditoria, tributos e assessoria especializada a empresas privadas e entidades de interesse público. Os serviços são prestados de maneira independente pelas firmas membro e correspondentes da Grant Thornton International, uma entidade de cúpula internacional organizada como uma sociedade de responsabilidade limitada por garantia e constituída na Inglaterra e País de Gales. A Grant Thornton International não presta serviços em seu próprio nome ou de qualquer outra forma. A Grant Thornton International e as firmas membro não formam uma sociedade internacional.

Sobre a Grant Thornton Brasil

A Grant Thornton Brasil é a firma-membro da Grant Thornton International no País e oferece serviços de auditoria, tributos, consultoria e outsourcing. Além de uma equipe de profissionais preparada com uma vasta expertise, a Grant Thornton Brasil trabalha com as mais modernas metodologias de trabalho, utilizando ferramentas desenvolvidas pela organização globalmente.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Impeachment biônico no Paraguai poderá prejudicar substancialmente sua população

Confiram mais um oportuno artigo sobre a situação do Paraguai e o que pode acontecer lá com a sua população, de autoria do professor Reginaldo Gonçalves, que é coordenador de Ciências Contábeis da FASM (Faculdade Santa Marcelina).

Como se viu em toda a mídia, Fernando Lugo foi deposto da Presidência da República do Paraguai, país com população estimada de 6,5 milhões (2011), PIB de aproximadamente US$ 33,31 bilhões (2010) e renda per capita de US$ 5,2 mil (2010). Em 2009, estimava-se que 18,8% da população paraguaia vivia em nível de pobreza, mas, desde 2007, vem melhorando o processo de inclusão socioeconômica. O endividamento externo gira em torno de US$ 2,45 bilhões. O impeachment do chefe de Estado, realizado em pouco mais de 24 horas, começa a apresentar consequências que poderão prejudicar a população. As medidas tomadas pelo Congresso Paraguaio em um movimento emergencial justifica o processo, que não está sendo considerado golpe de Estado, em virtude de atitudes efetuadas pelo então presidente, como: problema com os quartéis, autorização para reprimir invasões de terras, aumento da criminalidade e assinatura de um polêmico documento que poderá gerar problemas no fornecimento de energia.

As consequências de um julgamento expressamente rápido coloca em dúvidas as questões da soberania de seu povo. Não se tem conhecimento na história de tal fato e é de se estranhar tal posição e forma como o presidente foi destituído, sem condições de defesa. A situação chamou a atenção dos países vizinhos e alguns, como represália, já anunciaram a retirada de embaixadores. O governo venezuelano já ameaçou a retaliação imediata, com o bloqueio no envio de petróleo, o que poderá ter outras consequências para o país vizinho. O vice-presidente Frederico Franco assumiu a chefia de Estado e de governo, mas já se vê numasituação crítica, questionada pela própria população e tentando alinhavar com os países vizinhos uma forma de ajuda para que minimize os impactos negativos do impeachment.

Além dos problemas internos causados pelo impeachment, outras dificuldades surgiram. Poderá, inclusive, haver retaliações, censura pública, dificuldades em produzir e comercializar com outros países. Essa situação já é demonstrada pelos próprios participantes do Mercosul, que suspenderam a participação do Paraguai nas próximas reuniões comerciais. Na situação em que se encontra o Paraguai e para restabelecer a ordem política e econômica somente haverá uma saída democrática: uma nova eleição presidencial. Somente nesse caso é possível a volta do equilíbrio e o respeito à população. As medidas radicais só demonstram fraqueza dos governantes e seus aliados, que se vestem em pele de cordeiro e depois,como se fossem deuses, tomam atitudes que não têm respaldo dos seus próprios pares. Que isso sirva de aprendizado. É muito cedo ainda para identificar os problemas que surgirão, inclusive com as condições das fronteiras, aumento da incidência de roubos e prejuízos de natureza econômica. As condições de quem mora em fronteira será difícil e poderão haver chacinas por conta da grave crise interna.

Outra situação que demonstra falta de equilíbrio e responsabilidade é que o atual presidente busca alinhavar acordo com os países vizinhos e quer conversar com o presidente destituído. Isso suscita no mínimo dúvidas com relação à atuação do Congresso Paraguaio, que deve ter efetuado tal procedimento com apoio de países como os Estados Unidos. O que os Paraguaios não podem esquecer é que a situação atual do país em viver com dificuldades financeiras e não conseguir um equilíbriointerno deve-se ao financiamento da Guerra do Paraguai. O que é fundamental é que países vizinhos analisarão  até que ponto o povo paraguaio apoia ou não a destituição do presidente Lugo, pois, se houver apoio popular, serão obrigados a aceitar a legitimidade do novo presidente Frederico Franco.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

O maior ganho da Rio+20

Agora vem a ressaca da Rio + 20 e nos perguntamos: o quê o grande evento nos deixa? Antoninho Marmo Trevisan, presidente da Trevisan Escola de Negócios e membro do Conselho Superior do MBC (Movimento Brasil Competitivo) e do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República), responde algumas questões dessas nesse artigo que reproduzo.


Apesar da frustração da opinião pública e ONGs com os resultados da Rio+20, o Brasil teve sua liderança internacional fortalecida, pois conseguiu formalizar e aprovar o texto conclusivo, cujo rascunho sequer estava pronto no dia de abertura da Conferência da ONU. Quem enfatizou isso foi a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, em seu pronunciamento no último dia do evento: “Pode ser um momento difícil, mas graças ao Brasil conseguimos nos juntar em um documento final”.

A representante de Washington tem razão quanto aos obstáculos conjunturais, pois a crise econômica no Hemisfério Norte prejudicou os avanços dos acordos relativos aos três eixos da sustentabilidade: econômico, social e ambiental. Porém, a diplomacia brasileira conseguiu manter em aberto os princípios mais importantes para a futura viabilização dessas metas, a começar pelo fortalecimento do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), que passará a ter recursos orçamentários próprios, deixando de depender apenas de doações.

Do mesmo modo, foi um avanço o instrumento internacional relativo à Convenção da ONU sobre os Direitos do Mar, visando ao uso sustentável da biodiversidade e conservação oceânica. A criação do sonhado fundo de US$ 30bilhões para a recuperação ambiental obviamente não se efetivou no presentecenário de crise, mas o princípio ficou em aberto, mantendo-se viva a cobrança às nações desenvolvidas de ressarcimento ao Planeta de toda a devastação que promoveram nos séculos 19 e 20 para enriquecer. Também não se formalizaram medidas práticas para o desenvolvimento sustentável, mas se reiterou o compromisso de novas metas a partir de 2015, quando expiram os Objetivos do Milênio.

Por outro lado, reuniões paralelas com diferentes legislações criaram novas ou consolidaram alianças que terão continuidade. Exemplo:  organizada pelo Conselho de DesenvolvimentoEconômico e Social da Presidência da República, realizou-se mesa de trabalho conjunta com a delegação russa. Coordenada por mim, esta reunião produziu acordo para exploração sustentável de nossos recursos minerais. Esses entendimentos continuarão em nova rodada, no próximo ano, em San Petersburgo, na Rússia. Outros dois eventos paralelos me chamaram a atenção: o Congresso Mundial sobre Justiça, Governança e Legislação para a Sustentabilidade, no Tribunal de Justiça RJ, e o Humanidade 2012, no Forte de Copacabana, promovido por entidades da indústria.

Realmente, a Rio+20 não deu respostas efetivas ao mundo à altura dosgraves desafios referentes à erradicação da miséria, mudanças climáticas, recuperação ambiental e segurança alimentar. Entretanto, não pode ser considerado um fracasso, pois manteve íntegros e vigentes os compromissos pertinentes a essas conquistas. O seu maior ganho foi mobilizar a opinião pública internacional, e isso é decisivo, pois no planeta das democracias os governantes, mais cedo ou mais tarde, terão de fazer o que a sociedade exigir!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Magazine Luiza cresce 25,7%

O primeiro trimestre de 2012 foi marcado pelo expressivo crescimento das vendas em 25,7%, finalização do processo de integração das Lojas do Baú, continuidade do processo de integração da Lojas Maia e racionalização dos custos e despesas operacionais.

Os principais destaques no período findo em 31 de março de 2012 foram os seguintes:

Crescimento Expressivo em Vendas: A receita bruta consolidada do Magazine Luiza no 1T12 foi de R$ 2,1 bilhões, crescendo 25,7% em relação ao 1o trimestre de 2011. O crescimento no conceito mesmas lojas foi de 15,9%, o que representou ganhos relevantes de market-share. As vendas pela internet cresceram 42,8%, totalizando R$ 248,5 milhões no 1T12. Nas lojas físicas, as vendas no conceito mesmas lojas foram influenciadas pelo sucesso da Liquidação Fantástica, realizada na primeira semana de 2012, simultaneamente em todas as lojas, e pelo processo de maturação das lojas.

Crescimento Sustentável: A Companhia apresentou um crescimento sustentável no primeiro trimestre de 2012, mantendo uma política conservadora na aprovação de crédito pela Luizacred. A margem bruta consolidada se manteve nos patamares projetados para o trimestre, que consideravam uma melhora na margem da Luizacred e uma redução na margem do varejo, impactada pelo processo de integração da Lojas Maia e do Baú, além da participação significativa da Liquidação Fantástica. A Companhia também manteve sua disciplina financeira, limitando as vendas sem juros.

Finalização do Processo de Integração das Lojas do Baú: A integração sistêmica das Lojas do Baú, última etapa do processo de integração, foi concluída no final de fevereiro de 2012. Todas as lojas já estão integradas aos sistemas do Magazine Luiza desde março, possibilitando a captura de sinergias por meio da redução de despesas administrativas e de logística, com o encerramento dos contratos de locação dos centros de distribuição do Grupo Sílvio Santos. Concluída a integração, pode-se dizer que as lojas iniciaram seu processo de maturação, que deve ser completado em 3 anos. As vendas devem crescer consistentemente, em função de um melhor abastecimento das lojas, dos benefícios da política comercial da Companhia e do treinamento das equipes de vendas.

Continuidade do Processo de Integração da Lojas Maia: A Companhia, dando continuidade ao processo de integração das lojas do Nordeste, realizou a incorporação societária da Lojas Maia no dia 30 de abril de 2012. A próxima fase do processo corresponde à integração sistêmica de todas as lojas, programada para iniciar-se no 2T12. Vale ressaltar que a Companhia já concluiu diversas etapas do processo, incluindo vendas, marketing e treinamento, que possibilitaram o crescimento expressivo do faturamento. A próxima fase possibilitará melhor gestão comercial e redução de despesas.

Racionalização dos Custos e Despesas: A racionalização dos custos e despesas é o foco principal da Companhia a partir de janeiro de 2012, incluindo a revisão dos quadros administrativos e de lojas e de todas as demais despesas operacionais.  

Investimentos em Infraestrutura e Expansão: O Magazine Luiza inaugurou 7 lojas no 1T12 e fechou 5 lojas do Baú, passando de 728 lojas em dezembro de 2011 para 730 lojas em março de 2012. Dessa forma, a Companhia mantém o seu plano em relação à abertura orgânica de lojas novas. Vale lembrar que, nos últimos 12 meses, a Companhia incorporou 126 lojas novas à sua base total. Além disso, no 1T12, a Companhia realizou importantes investimentos em infraestrutura, notadamente em logística, referentes, principalmente, às obras de expansão do centro de distribuição de Louveira.

Luizacred: A Luizacred manteve o conservadorismo durante o primeiro trimestre de 2012, com robustas provisões para perdas em crédito de liquidação duvidosa e taxas de aprovação de crédito menores quando comparadas com o 4T11. Os indicadores de atraso da carteira continuam melhorando em relação ao ano anterior, de forma que as provisões devem ser menores proporcionalmente no segundo semestre de 2012. A Luizacred também está participando do projeto de racionalização de custos e despesas, implementando uma série de ações que devem diluir suas despesas operacionais nos próximos trimestres.

Resultados: Os resultados do Magazine Luiza ficaram em linha com o projetado para o 1T12, fruto do crescimento das vendas, do sucesso no processo de integração do Baú e da racionalização de custos e despesas. A maioria das despesas extraordinárias previstas para 2012 já foi realizada no primeiro trimestre, principalmente em janeiro e fevereiro, totalizando R$ 33,5 milhões (sendo R$ 20,3 milhões no Magazine Luiza e Baú, e R$ 13,2 milhões na Lojas Maia). No mês de março, as despesas operacionais já foram significativamente menores e ficaram abaixo do previsto, de forma que a Companhia obteve novamente resultados positivos, tanto no varejo (incluindo Lojas Maia) como no consolidado.

Para os próximos trimestres de 2012, a Companhia reforça o seu foco principal na maturação das lojas novas, integração da Lojas Maia, redução e diluição de despesas e no aumento consistente da rentabilidade:

•    Crescimento expressivo em vendas: a Companhia está confiante em continuar crescendo substancialmente as vendas por meio da maturação das novas lojas, da internet e pelas boas perspectivas do mercado brasileiro, com destaque para a probabilidade de diminuição dos juros básicos da economia para o menor patamar histórico;

•    Continuidade do processo de integração da Lojas Maia: a integração sistêmica da Lojas Maia deverá ser realizada até o final do 3T12. A partir do 4T12, a Companhia deve se beneficiar de uma gestão totalmente integrada, com diluição de despesas administrativas e de logística.  Além disso, a unificação de sistemas deverá trazer benefícios na gestão de capital de giro e de preços, possibilitando um aumento na margem bruta da Lojas Maia;

•    Melhoria de rentabilidade na Luizacred: a Companhia espera uma melhora na rentabilidade da Luizacred a partir do segundo semestre do ano devido à maturação da carteira de cartão de crédito e das lojas inauguradas em 2011, diluição das despesas operacionais e redução proporcional das provisões como consequência da melhoria na qualidade da carteira em atraso;

•    Resultados: dando continuidade ao projeto de racionalização de custos e despesas, a Companhia planeja implementar novas oportunidades ao longo de 2012, garantindo uma melhoria de rentabilidade nos próximos trimestres. A Administração da Companhia continua confiante na obtenção de melhores indicadores de produtividade e de resultados significativamente positivos para o exercício de 2012.
Magazine Luiza

O Magazine Luiza, fundado em 1957, é uma das maiores redes varejistas com foco em bens duráveis com grande presença nas classes populares do Brasil. Em 2001, com o objetivo de aumentar o relacionamento com os clientes, o Magazine Luiza foi pioneiro ao formar uma parceria com o Itaú Unibanco, criando a Luizacred. Em 2005, o Magazine Luiza também inovou ao se tornar o primeiro varejista a controlar uma empresa de seguros, a Luizaseg, em conjunto com a Cardif, do grupo BNP Paribas. Em 2010, o Magazine Luiza adquiriu a Lojas Maia, umas das maiores redes de varejo com presença em todos os Estados do Nordeste, a região que mais cresce no Brasil. No ano passado, o Magazine Luiza adquiriu 121 pontos de venda das Lojas do Baú. Atualmente, a rede opera 730 lojas e 9 centros de distribuição estrategicamente localizados em 16 Estados brasileiros, cujas economias correspondem a cerca de 75% do PIB nacional.

sábado, 21 de abril de 2012

De onde saiu "O Quinto dos Infernos"?

O texto não é meu, é daqueles que saem na internet e são divulgados nas redes sociais. Achei pertinente publicá-lo neste feriado de Tiradentes.  A sabedoria popular nos surpreende muitas vezes, esclarecendo algumas coisas interessantes.


Durante o Século 18, o Brasil-Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal.

Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso País e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto".

Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro.

O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que, quando se referiam a ele, diziam

"O Quinto dos Infernos".

E isso virou sinônimo de tudo que é ruim.

A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama".

Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes

De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT, a carga tributária brasileira deverá chegar ao final do ano de 2011 a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção.

Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "dois quintos dos infernos" de impostos...

Bom, aí vem uma parte deste texto, espalhada pela web, bastante forte e até mesmo chula. Repito, a autoria não é minha, mas concordo com o teor, com a essência deste protesto contra a atual carga tributária brasileira. Diz mais ou menos assim:

"Para quê? Para sustentar a corrupção? Nosso dinheiro é confiscado no dobro do valor do "quinto dos infernos" para sustentar essa corja, que nos custa (já feitas as atualizações) o dobro do que custava toda a Corte Portuguesa!

E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente...!"

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Necessidade de Crescimento

Confiram o artigo sobre a demora do Brasil a acordar para seu próprio crescimento. Estamos com a faca e o queijo na mão, mas ainda muito atrás das cinco primeiras economias mundiais. O texto é de Roni de Oliveira Franco, sócio da Trevisan Gestão & Consultoria e professor da Trevisan Escola de Negócios. Boa leitura!

Sexta economia mundial. Quem diria que chegaríamos a esse patamar – e na velocidade com que o alcançamos. A previsão é que, até 2016, superemos a França, ficando entre as cinco maiores potências econômicas. Só que isso acarretará responsabilidades para o País. Para manter o crescimento sustentável, precisamos urgentemente de uma melhoria na educação, para formarmos profissionais mais qualificados.

Também necessitamos de empresas mais expressivas no mercado brasileiro. Não adianta ficarmos na mesmice. Se o Brasil não é mais o mesmo, por que temos de manter as organizações nos mesmos padrões?
Já faz um tempo que podemos reparar que as necessidades das empresas situadas no Brasil – e aqui digo nacionais e multinacionais – tiveram uma alteração no perfil. Com isso, as organizações que prestam serviços especializados começaram a se adaptar, principalmente ampliando o seu leque de serviços.

Um estudo realizado pela Global Approach Consulting (GAC) mostrou que 76% das 30 maiores empresas que atuam no Brasil querem investir em inovação em 2012. Pode ter certeza que dentro das novas ações dessas organizações estão, inclusive, atacar os mercados que ainda estão deficitários no País. Inovar é crescer!

O desenvolvimento rápido do Brasil e a falta, principalmente, de preparo, de base, fez com que tenhamos uma grande defasagem em comparação aos cinco países que possuem, ainda, uma economia melhor do que a nossa. E podemos afirmar que muitas que estão atrás de nós nesse ranking também são superiores. É claro que o Brasil ainda está engatinhando perto de nações europeias. Temos pouco mais de 500 anos e, mesmo assim, já somos superiores a muitas delas.

Além disso, inovação é um dos fatores principais para nos mantermos por um longo tempo no mercado. No Brasil, por exemplo, 60% das empresas são fechadas em menos de quatro anos de atuação, de acordo com o Sebrae. Ou seja, o percentual de continuidade e de perenidade do negócio é muito baixo. Normalmente, isso acontece com as micro e pequenas (MPEs), que representam 98% de todas as organizações – no País há mais de cinco milhões.

Temos de lembrar que essas firmas são as que mais empregam no País. Então, com um pensamento rápido e prático, podemos entender que: se a empresa não inova, ela provavelmente não passará dos seus primeiros cinco anos de vida; se ela fechar, muitos profissionais vão ficar desempregados, o que não favorece a economia nacional. Resumindo: precisamos sempre inovar. As empresas necessitam disso para crescer e expandir os seus negócios.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Dicas do que fazer em Porto Alegre aos domingos

Vejam que interessante. Muita gente não sabe o que fazer nos domingos. Outros, têm dicas de sobra. Alguém lembrou de criar um serviço que reúne as duas coisas, trocando informações entre as duas tribos, os que precisam, e os que querem oferecer dicas. E o bom é que os domingos em Porto Alegre têm inúmeras opções de diversão, lazer e gastronomia, mas muitas são desconhecidas. Pensando nisso, a Rotta Ely Construções e Incorporações lança um movimento colaborativo na internet que convidará os portoalegrenses a darem dicas do que se fazer na capital dos gaúchos aos domingos.

Por meio do site www.domingoempoa.com.br, os internautas podem postar suas sugestões e concorrer aos prêmios que serão entregues aos autores das 53 melhores dicas: duas bicicletas Caloi Urbe (que possui quadro dobrável de alumínio), para o primeiro lugar, e um city tour por Porto Alegre, um happy hour e ingressos para o cinema para os demais contemplados.

A iniciativa, realizada em parceria com a agência digital 3YZ, é lançada durante a 53ª Semana de Porto Alegre e abre um espaço para os portoalegrenses compartilharem suas formas de aproveitar o domingo. “Tomar chimarrão no brique ou ver o pôr-do-sol no Guaíba são programas clássicos de um domingo em Porto Alegre. Nossa ideia é criar um guia colaborativo no qual as pessoas podem contar suas experiências e compartilhar programas que podem ser feitos nos mesmos lugares, mas de formas diferentes”, destaca Pedro Rotta Ely, diretor da Rotta Ely Construções e Incorporações.

O movimento cultural se estende até o final de abril e “embaixadores” da capital gaúcha como O Bairrista, Perestroika e os blogs Mycool e Destemperados, já aderiram à ideia e deram suas sugestões. Ao final, os 53 autores das melhores dicas farão parte de um pocket book, que será distribuído gratuitamente e estará também disponível para download na internet.


quinta-feira, 29 de março de 2012

Por que ficou tão caro produzir no Brasil?

Reproduzo artigo interessante a respeito dos custos de produção e a perda da concorrência no Brasil.Quem perde é sempre o consumidor. Escrito por José Ricardo Roriz Coelho, Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Plástico (Abiplast) e da Vitopel e diretor titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia da FIESP. Confira:


Caminhamos para ser a quinta economia global, mas até quando poderemos sustentar tal posição com tantas fragilidades no sistema produtivo, elevadas taxas de juros, alta carga tributária, infraestrutura precária e cara? Como queremos ostentar a condição de nação desenvolvida se os brasileiros pagam quase 40%  de impostos e se deparam com um dos custos de vida mais elevados do mundo? Os graves efeitos do “Custo Brasil” na produção manufatureira são evidenciados em estudos de respeitados organismos nacionais e internacionais. O setor é o que mais sofre com os persistentes ônus.

Em 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), os impostos pagos pelos brasileiros atingiram 33,99% do PIB, superando os 32,72% de 2010. Isso está muito acima da média de 25,5% nos países com os quais competimos. Para a indústria de transformação o problema é mais grave. Embora responda por 16,6% do PIB, ela contribui com 37,6% dos impostos. O estudo “A Carga Tributária no Brasil: Repercussões na Indústria de Transformação”, do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp, mostra que os tributos representam 40,3% dos preços dos produtos industriais, considerando-se toda a cadeia, à montante e à jusante.

Há, ainda, custos relativos ao pagamento dos impostos. A complexidade do sistema obriga a contratação de serviços não necessários em outros países. Segundo o estudo “Carga Extra na Indústria Brasileira”, também do Decomtec/Fiesp, 1,16% do faturamento das empresas é gasto apenas para se manterem em acordo com a legislação, o que significa R$ 19,7 bilhões ao ano. Considerado o pagamento de tributos embutidos nos insumos, o índice sobe para 2,6%.

Além disso, o Bureau of Labor Statistics (BLS), responsável pelas estatísticas trabalhistas nos Estados Unidos, aponta que os encargos sobre a folha de pagamentos no Brasil, os mais altos dentre 34 países analisados, representam 32,4% dos custos com mão de obra na indústria de transformação. São 11 pontos percentuais acima da média das nações avaliadas (21,4%), ou 7,4 à frente da média europeia (25%). Mais grave é a diferença em relação aos emergentes: México (27%);  Argentina e Coréia do Sul (17%).
O Brasil encontra-se em desvantagem também no custo da eletricidade. Nossa tarifa industrial foi estimada pelo Energy Information Administration (EIA), dos EUA, em US$ 138,00/MWh, a segunda mais alta do mundo. Um bom parâmetro para comparação é o Canadá, onde, como aqui, a matriz energética é baseada na hidroeletricidade. Mesmo assim, a tarifa brasileira é 182% maior. Os encargos e tributos contribuem para isso, mas, mesmo os eliminando, a energia brasileira ainda seria 108,3% mais cara. Resultado: a última Pesquisa Industrial Anual do IBGE mostra ser de 2,6% a participação da energia elétrica e consumo de combustíveis para aquecimento e operação de maquinaria nos custos totais da indústria brasileira de transformação. Ressalte-se:o cálculo não considera a cumulatividade na cadeia de valor.

Também são graves, conforme o Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), do Ministério da Defesa, os custos nessa área, que representam 20% do PIB. Outro estudo (“Custos Logísticos no Brasil - 2006/2008”, da Universidade Federal do Rio de Janeiro), mostra que o percentual da receita líquida das empresas comprometido com transporte, estoque e armazenagem foi de 7,5%.
Defrontamo-nos, ainda, com um dos mais elevados custos de capital do mundo, que se deve a dois fatores: taxa básica de juro real entre as mais elevadas do mundo e spreads bancários, que aumentaram significativamente após 2008, apesar da redução da Selic. Em função desses fatores, nosso custo financeiro é o mais alto do mundo, sendo 11,5 vezes maior do que o dos países que calculam os juros como o Brasil (Chile, Itália, Japão e Malásia).

Em outro estudo do Decomtec/Fiesp (“Juros em cascata sobre o capital de giro: o impacto sobre a indústria brasileira”), foi estimado que, em 2007, o custo do capital de giro para as indústrias equivaleu a 6,7% do preço dos produtos industrializados, contra 1,97% no conjunto de países incluídos no Índice de Competitividade da Fiesp. Em 2011, o impacto do custo de capital de giro aumentou para 7,5% do preço dos produtos industrializados, uma vez que cresce a taxa de juros para as empresas.
Os juros altos estão intimamente ligados à valorização cambial, cujo mercado é majoritariamente composto por fluxos financeiros, e os capitais são atraídos principalmente pelos juros elevados em comparação com as taxas baixíssimas dos países desenvolvidos. Tendo em vista o câmbio médio do ano e descontando a inflação do Brasil e dos Estados Unidos, o real valorizou-se 49,9% em relação ao dólar, entre 2006 e 2011. Isso é assustador frente a um aumento de produtividade física da indústria de transformação de apenas 9,2%, no mesmo período.

Devido a todas essas razões, e deprimida pela combinação da barata produção chinesa com a demanda combalida dos países ricos, a indústria defende a contínua e rápida redução da Selic e o equilíbrio do câmbio. A bomba que está estourando agora, atingindo primeiramente a manufatura, resulta de termos insistido muito tempo na combinação explosiva de câmbio livre com a maior taxa de juros do mundo. Por isso, o real teve valorização de 74,6%, de junho de 2004 a dezembro de 2011, sem que tivéssemos a mínima possibilidade de melhorar a nossa produtividade, devido ao brutal aumento de custos. Defendemos, sobretudo, a retomada das reformas estruturais, em especial a tributária e trabalhista. São medidas dependentes de políticas públicas, essenciais para conter a desindustrialização e resgatar a competitividade. 

terça-feira, 27 de março de 2012

Presidente do Banco Central prevê inflação menor para 2012

Durante reunião com os varejistas associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), realizada em São Paulo, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse que a inflação será a menor dos últimos anos. De acordo com ele, o ritmo da atividade econômica irá se acelerar ao longo de 2012, sustentado pela demanda interna, a redução dos estoques industriais, que estão atualmente em seu menor nível, e os juros mais baixos, além da flexibilização das condições monetárias. A economia brasileira continuará gerando empregos, e o incremento foi de 1.400.000 novos postos de trabalho nos últimos 12 meses. “Nosso objetivo é cumprir a meta de inflação de 4,5%. Esse cenário proporcionará uma retomada da atividade econômica, que deve se acelerar no segundo semestre”, diz.

O primeiro relatório trimestral do ano será divulgado nesta quinta-feira. “Até o momento, a previsão é de que a taxa de inflação fique no centro da meta (4,5%) para 2012”, comentou Tombini. De acordo com ele, o Brasil possui a terceira menor taxa de desemprego entre os países do G-20, perdendo apenas para China e Japão.

Tombini comentou ainda que os Bancos Centrais (BCs) de economias avançadas adotaram políticas monetárias expansionistas, que contribuíram para a redução da aversão ao risco no início de 2012. Dados recentes, segundo o presidente do BC, indicam que a retomada da economia norte-americana está em curso, e a perspectiva de crescimento da China foi ajustada para baixo, com metas de crescimento de 7,5%, ante os 10% dos últimos anos. “A China está desacelerando, mas de forma responsável, sem grandes riscos”, explicou.

Os associados do IDV comentaram sobre a necessidade de redução da taxa de juros na ponta do consumo, uma vez que as reduções das taxas referenciais de juros não têm chegado com a mesma intensidade ao consumidor. Também argumentaram sobre os altos custos financeiros das empresas de varejo, principalmente as pequenas e médias, e pediram melhorias neste sistema. Tombini disse que há uma agenda para estes assuntos e colocou o tema como prioridade. “Ainda há muito a fazer, mas certamente o IDV pode nos ajudar com esta questão. Inclusive, marcarei uma reunião entre uma comissão do IDV e membros da nossa diretoria”.

O presidente do IDV, Fernando de Castro, reforçou que o varejo pode ajudar o governo na redução dos juros na ponta do consumo, pois as redes varejistas são grandes financiadores de seus clientes. “Atender ao consumidor final é a nossa missão, e o varejo é o grande aliado do governo no controle da inflação e na redução dos juros”.

O varejo é o segmento que mais gera empregos no Brasil. “Apenas em 2011, o comércio criou 460 mil novos postos de trabalho. Além de ser gerador de empregos, o varejo forma e treina pessoas, muitas delas em seu primeiro emprego. Além disso, as empresas expandiram sua rede de atendimento e fizeram grandes investimentos em novas lojas, equipamentos, estoques de produtos, inovação e tecnologia”, conclui Castro.



    

segunda-feira, 19 de março de 2012

Diferenças entre Chefia e Liderança

Interessante artigo da profissional de Recursos Humanos Tatiani Nunes que conheci através do Linkedin. Ela é responsável pela área na Interlink Transportes Internacionais. Neste texto, ela fala um pouco de liderança e gestão, algumas qualidades interessantes que todos nós devemos ter e assimilar. Curta:

Hoje, no mundo globalizado, momentos em que muito corremos e pouco andamos, todos, estamos sempre à procura de bons líderes, para as equipes, quando não se encontra o líder tão procurado, então, pensamos em treinamento, desenvolvimento, formadores de opinião, mensagens motivacionais... enfim, recorremos a todos os recursos prováveis e até aos improváveis! Mas você, gestor, já parou e analisou se és um bom líder, um líder capaz de reunir o bom líder, o grande líder e o líder supremo? Se você não possui tal habilidade, como podes planejar um treinamento para seus grupos, ou ainda, como podes decidir se um candidato é perfil indicado para liderança? Antes de tudo você precisa ser um bom líder para depois poder escolher, para poder gerir. Veja a seguir alguns itens importantes para ser praticados por todos os gestores/líderes:

• Saiba explicar seus ensinamentos, como um bom professor que deseja que seus educandos cresçam e se tornem educadores também;
• Assim que todo mundo concordar com uma idéia, um líder deve começar a trabalhar na próxima;
• Demonstre, pelos próprios atos, o que seus seguidores precisa fazer para chegar aonde chegastes;
• Os que mandam e querem ser obedecidos: são os líderes medíocres, não seja um desses;
• Em qualquer posição que você esteja, lembre-se de que o que importa não é mandar e ser obedecido ou temido, mas ser, acima de tudo, querido e respeitado;
• A liderança é a arte de conseguir que alguém faça alguma coisa que você quer feita, porque ele quer fazê-la, por isso, só peça que seus liderados façam porque é possível, façam porque você já fez e sabe que pode ser feito;
• O falso líder grita antes que alguém questione a sua liderança. Por falta de argumentos, ele bate na mesa e se impõe pela força, espalhando temor e ódio entre seus subordinados... Não é bom ser odiado, se você for odiado não terás seguidores e não existirão líderes, se não existir seguidores;
• O verdadeiro líder sabe que é e não precisa impor isso a ninguém. Por essa razão ele é calmo, seguro e confiante. Quando chega, sua presença acalma e asserena os ânimos. Seus liderados têm-no como alguém que lhes inspira segurança.

PRINCIPAMENTE saiba que: A diferença entre um chefe e um líder é que: um chefe diz, 'Vá!' - um líder diz, 'Vamos!'


PENSE NISSO. (Tatiani Nunes)