terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Setor de tecnologia da informação e comunicação enxerga oportunidades na crise

O balanço de 2015 para o setor brasileiro de tecnologia da informação e comunicação pode ser dividido em duas etapas, avaliou hoje (28) o vice-presidente de Comunicação e Marketing da Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro Nacional), Gerino Xavier. “O primeiro semestre foi bom. Todas as empresas ficaram com seus indicadores em um patamar confortável. No segundo semestre, começou o sentimento da crise que, eu acho, é até muito mais grave que a própria crise”, avaliou.

Segundo o vice-presidente da Assespro Nacional, no segundo semestre de 2015, os indicadores das empresas brasileiras de tecnologia da informação e comunicação passaram por um período de maior observação. “O fato é que o sentimento de crise atrapalhou alguns negócios de algumas empresas”. A crise em si afetou de forma mais direta as companhias que trabalham com o setor público. “Tem estados que estão sem pagar seus fornecedores há alguns meses”.

Xavier observou, porém, que a crise apresenta, por outro lado, um aspecto bom. Como a tecnologia é transversal aos vários setores da economia, crises sempre acabam trazendo oportunidades. “Crise precisa de mais controle, de racionalizar custos, precisa aumentar a produtividade e isso só se torna exponencial com o uso de tecnologias”. Para Xavier, o lado ruim disso é que o ciclo de vendas aumenta e a dificuldade  para se vender é muito maior.

Além do setor de compras públicas, o vice-presidente da Assespro Nacional citou a construção civil e petróleo e gás entre os setores mais prejudicados pela crise na área de tecnologia da informação e comunicação. O setor da construção civil devido à paralisação das obras públicas associadas ao escândalo decorrente da Operação Lava Jato, já o setor de petróleo e gás, não só pela queda de preço no mercado internacional, mas também pela crise em torno da Petrobras.

Para Xavier, a tecnologia da informação e comunicação é indutora do crescimento econômico. “Essa é uma afirmação de caráter global”, destacou. Isso significa que para qualquer país crescer, ele precisa usar tecnologias modernas e inovadoras. Xavier lembrou que os países da América Latina que têm feito grandes investimentos no setor para melhorar a qualificação de sua mão de obra, para ampliar as exportações e tornar as empresas mais eficientes e competitivas apresentam resultados melhores que os do Brasil, que adotou medidas que foram na “contramão” dos avanços. Mencionou que a desoneração da folha, por exemplo, tornou o Brasil menos competitivo que seus vizinhos no continente. “Isso afeta a cadeia produtiva toda e leva um tempo para a gente se estabilizar”.

Ano de reflexão

Para o presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação Regional Rio de Janeiro (Assespro-RJ), Márcio Lacs, o ano de 2015 foi um ano “de reflexão” para o setor de tecnologia da informação e comunicação.

Apesar do cenário de dificuldades e indefinições políticas e econômicas no país, Lacs destacou que o Rio de Janeiro apresenta vetores importantes como a Olimpíada, que ocorrerá na capital fluminense em 2016, e o setor de petróleo e gás. “Foi um ano bem movimentado. Por um lado, algumas coisas andaram, outras não andaram tanto. Mas sempre, para a informática, quando algumas coisas não andam, não quer dizer que não seja bom para as empresas”.

Lacs observou que a otimização depende sempre da tecnologia. Ele diz que os contratos são revistos, mas a oportunidade de inovação se faz mais presente ainda para otimizar e melhorar. “A gente vê processos sendo repensados e isso traz muita oportunidade para o nosso setor”.

O presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Rio de Janeiro (TI Rio), Benito Paret, avaliou que o estado “não foi muito bem sucedido” em tecnologia da informação este ano. “Entre os estados do Sudeste, o Rio de Janeiro teve o desempenho pior”, apontou. A quebra da cadeia produtiva de petróleo e gás gerou um baque grande para muitas empresas. Outros setores da atividade econômica, porém, tiveram desempenho positivo.

“Não temos ainda uma crise no setor de tecnologia da informação e comunicação instalada no Rio de Janeiro”, assegurou Paret, embora a situação aponte para uma estagnação, principalmente nas empresas que estavam focadas na área de petróleo e gás, incluindo as áreas naval e de logística. As outras empresas “estão levando o barco”, disse o presidente do TI Rio. O ambiente de incerteza macro no país impede que o setor arrisque fazer projeções para o próximo ano.

Márcio Lacs reconheceu que para as grandes empresas, 2015 não foi um ano positivo, porque a maior contratante, que é a Petrobras, enfrentou sérias dificuldades. Já os programas destartups (empresas inovadoras de base tecnológica) se consolidaram no Rio de Janeiro. As médias empresas, que são empresas de escala, estão se beneficiando mais das oportunidades que aparecem, sinalizou o presidente da Assespro-RJ.

Perspectivas

Como o principal congresso mundial de tecnologia da informação e comunicação ocorrerá no Brasil, em outubro do próximo ano, o vice-presidente da Assespro Nacional, Gerino Xavier, analisou que isso trará muita visibilidade para o setor. “Algumas cadeias produtivas internacionais passam a enxergar o Brasil de forma diferente e nós apostamos que no cenário da internacionalização, teremos melhores indicadores”. No plano nacional, disse que ainda fica difícil fazer prognósticos. “A ordem do dia é cautela”, sinalizou.

Embora seja considerado o sétimo maior mercado de tecnologia do mundo, Gerino Xavier disse que o governo devia apoiar mais o setor, porque garante emprego de qualidade que gera riqueza para o país. Ele salientou que o Brasil ainda exporta pouco software (programa de computador). “E quando alguém compra software, está comprando inteligência. Inteligência é a melhor coisa para se produzir, porque nós qualificamos o nosso povo. Quando a gente compra inteligência, estamos penalizando nosso povo, nossos pesquisadores, nossos profissionais”.

Na avaliação de Gerino Xavier, o Brasil precisa ter políticas públicas que estimulem a criação de soluções de softwares nacionais para diversas áreas, como saúde e segurança, por exemplo. Falta uma política pública que aproxime a academia, o mercado fornecedor e o mercado comprador. “E o ator indutor de tudo isso é o governo”.

O presidente da Assespro-RJ, Márcio Lacs, concordou que apesar da crise, o cenário para 2016 é de expectativa otimista para o setor de tecnologia da informação e comunicação do Brasil. “Nós vamos trabalhar para que cada um encontre o seu espaço. A gente tem a sorte de trabalhar com algo que está vinculado à inovação, à otimização. Acho que vai ser um bom momento para a gente. Pelo menos, oportunidades vão existir”, concluiu.

Fonte: Correio do Estado

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A nossa imagem nas Redes Sociais

Muito se fala no poder de destruição e desconstrução da imagem de alguém nas redes sociais. Na
verdade, até antes, na Internet, a identidade de alguém poderia ser atingida e/ou arruinada por hackers e/ou pela própria mídia. Com a inserção das redes sociais, o uso para esses fins está ao acesso também dos usuários, que não precisam ser profissionais de tecnologia ou comunicação para expor alguém, ou a si próprio, seja para causar prejuízos ou benefícios.

Mas existe o outro lado da moeda: a capacidade de promoção ou autopromoção proporcionada pelas redes sociais. Esse é um exercício de observação e que conduz a uma experiência que permite associar a sedução da visibilidade às características comportamentais e psicossomáticas. Nas redes sociais, podemos criar um “avatar” de nós mesmos, um personagem, assumir outra personalidade, mudar ou criar outra face de identidade.

Magicamente todos somos lindos, respiramos generosidade, pregamos justiça, somos guardiões da moral, odiamos hipocrisia e afloramos nosso senso de cidadania ao extremos. Puro amor e lealdade. Repudiamos a corrupção, abolimos o preconceito e estampamos mensagens motivacionais e de autoestima. Exemplo de respeito ao próximo. Somos a caricatura da perfeição, do nosso melhor fomentado por curtidas e compartilhamentos.

Nos recriamos e temos vida própria nas redes sociais. Podemos usar as tecnologias a nosso favor, sendo nosso maior trunfo. Ou nossa maior cilada. E nessa hora, podemos notar que jornalismo e marketing são áreas que dialogam no cenário das redes sociais, esse resultado de tecnologias digitais, de relacionamento e de conteúdo. Espaço adequado e promissor para o marketing pessoal. Independente da categorização de Marketing, lembramos um dos conceitos do “pai” do Marketing, Phillip Kottler, “Marketing é o conjunto de atividades humanas que tem por objetivo facilitar e consumar relações de troca.”. Já Raimar Richer caracteriza Marketing como “as atividades sistemáticas de uma organização humana, voltada para a busca e realização de trocas com seu meio ambiente, visando benefícios específicos.”. Importante destacar que, no caso das redes sociais, os benefícios principais são o capital social e humano entendidos como investimento nas relações pessoais e profissionais.

 Produtores de conteúdo

 Na nossa página ou redes, somos (re)produtores de notícias e/ou fatos. Podemos fazer uma alusão à realidade do usuário de redes sociais ao trabalho dos jornalistas no que tange ao processo de busca e construção de notícias.  O internauta compartilha o conteúdo que considera importante conforme os próprios valores e que se afine com o seu senso de razão (nesse caso, diante da variedade de assuntos, atua como produtor selecionando temas para a pauta. A origem desse conteúdo, seja uma amostra do campo pessoal ou um link oriundo de outro portal, também é uma escolha estabelecida pelo proprietário da conta (no papel de editor classificando os temas e as abordagens, numa ação que remete a distribuição em editorias). Ao divulgar, opinião, imagens, links emite o conteúdo que gerou para a sua rede de conexões. Esse conceito de redes sociais permite compreender que cada conta ou página é uma mídia portadora de informações produzidas pelo dono/usuário/administrador. Nesse cenário, podemos relacionar a aplicação da Teoria do Gatekeeper, que pressupõe que as notícias são como são porque os jornalistas assim as determinam, ou seja, nas redes sociais as notícias ou conteúdos são como são porque o proprietário determinou, atuando como editor na definição e posterior apresentação da pauta.

É possível verificar a mudança do público, que migra de um comportamento passivo, que consumia mídias profissionais, para um comportamento ativo que, além de decidir o que quer, cria conteúdo através da sua percepção.

Outro fator que contribui para essa mudança de perfil é a inserção dos novos mecanismos digitais resultantes das conquistas tecnológicas, como por exemplo, o celular e sua evolução. Com a possibilidade de acessar à internet pelos dispositivos móveis, além dos recursos de foto e vídeo que permitem lançamento instantâneo nas redes sociais, muitas vezes o internauta acaba divulgando antes mesmo dos profissionais da mídia um fato de relevância social devido à capacitação tecnológica em equipamentos e sistemas. O cidadão, ao presenciar um fato, pode registrar por um dispositivo móvel e colocar na sua mídia, acaba informando antes da emissora de jornalismo que não estava no momento e que acaba utilizando imagens ou vídeos capturados pelo internauta. Esse é o um novo conceito da mobilidade que denomina o “consumidor sem limites”, onde ele pode acessar as redes sociais de qualquer lugar pelos dispositivos mobiles e ser um produtor de notícias ao captar em tempo real e compartilhar na rede.

No livro Redes Sociais na Internet, de Raquel Recuero, ela afirma que “ Como as redes sociais na Internet ampliaram as possibilidades de conexões, aumentaram também a capacidade de difusão de informações que esses grupos tinham. No espaço offline, uma notícia ou informação só se propaga na rede através das conversas entre as pessoas. Nas redes sociais online, essas informações são muito mais amplificadas, reverberadas, discutidas e repassadas.”, reforça o que foi dito acima sobre o novo lugar do consumidor a partir da instantaneidade das redes.

Dessa forma, constatamos o imediatismo do Marketing Digital que é praticado pelo consumidor sem uma noção clara de que ao compartilhar imagens, preferências e opiniões está transmitindo um conceito de si mesmo construído por ele. É o que fica claro na afirmação de Claudio Torres, no livro A Bíblia do Marketing Digital : “O Marketing Digital está se tornando cada dia mais importante para os negócios e para as empresas”. Não é uma questão de tecnologia, mas uma mudança no comportamento do consumidor, que está utilizando cada vez mais a Internet como meio de comunicação, relacionamento e entretenimento.”

Uma versão editada de nós mesmos

Templo de felicidade. Benevolência à flor da pele. Todos amam os  animais e são defensores da sustentabilidade.  Eventos badalados. Churrascos de picanha. Brindes ao amor. Temos e somos os melhores amigos. Beleza é requisito básico: se não a tenho, a combinação entre a maquiagem, o filtro e o ângulo vão colaborar.  Selfie em frente ao espelho com roupa colada para exibir o corpo que a sociedade venera. Selfie com gente para socializar, o verbo da moda. Selfie em lugares lindos, loucos, inusitados para passar versatilidade. Selfie para mostrar, dizer, transmitir, confundir, elucidar. Selfie para ostentar em várias óticas.

Minha rede, meu conteúdo, minha realidade. Coloco o que quero ser, como quero ser. Eu me crio, recrio, invento, reinvento. Sou o meu melhor. Meus pensamentos são divinos. Ser do bem é legal. Na minha solidão, me transmuto no personagem que julgo ser perfeito. Ou sou aquele com todas imperfeições que a realidade me obriga a guardar nos escombros do meu eu.

Engraçado e paranoico. Positivo e negativo. Verdadeiro e falso. Ilusão e realidade. Dois polos. Dois pesos. Duas medidas. A escolha de como decidimos nos revelar vai contribuir para selar a identidade online e transcender para a offline. Ou vice-versa.

Quantas vezes conhecemos as pessoas que tem uma personalidade e um jeito de ser e verificamos que nas redes se mostram com outro jeito de ser. E aí reside o problema: isso pode ser um aliado ou um tiro no pé, melhor, uma saraivada de tiros pelo corpo todo.

Eis que o Marketing Pessoal que queremos fazer ou fazemos involuntariamente pode nos destacar diante de um grupo, ou conhecidos, nos aferindo poder e reconhecimento dentro de um nicho ou conquistando o lugar de bestialidade humana sendo alvo de risos dos “amigos” do face. Sejam quais forem as intenções e os parâmetros de medida que consideramos importantes, sejam curtidas, compartilhamentos e comentários, alguém vai ser e dar audiência para a sua página, ou para a sua vida virtual.

Podemos alavancar nossa carreira e passar ilesos, não 100%, pois a unanimidade é rara raridade, ou afetar a nossa reputação e imagem por descuidos e excessos de exposição e intimidade que poderiam ser mais bem utilizados se ficassem restritos aos momentos reais e não compartilhados com o mundo. Logo, o que for ser inserido no contexto digital precisa ser pensado antes porque pode refletir negativamente na sua vida pessoal e/ou profissional. Eu não estou fazendo apologia inversa à liberdade de expressão, pois acredito que o espaço deve ser usado conforme o autor deseja, desde que não utilize para ofender, agredir ou promover ações prejudiciais para a sociedade, pois nestes casos já entra uma questão de lei. O cuidado é sempre importante nas relações que construímos, pois muitas vezes, somos os responsáveis pela forma como somos vistos e as consequências podem ser irremediáveis.

Taís Garcia Teixeira é jornalista, professora e mestre em Comunicação e Informação

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Guerra nas estrelas – a ameaça dos apps

A internet está ensandecida desde o anúncio, feito na última quarta-feira, de que o WhatsApp seria suspenso em todo o Brasil por 48 horas, a partir da meia noite de quinta. Mais ainda a partir do momento em que de fato o aplicativo parou de funcionar. Nem mesmo a estreia do novo Star Wars parou os comentários dos brasileiros sobre a decisão judicial – alguns disseram inclusive que ela foi uma medida drástica para que ninguém soltasse “spoilers” a desavisados por meio do aplicativo de mensagens.

Entre tweets com piadas, postagens no Facebook, convites para usar outros apps (os servidores do Telegram ficaram sobrecarregados) e dicas de como burlar a suspensão por meio de conexões secretas e bloqueios de IP, a notícia foi muito debatida e criticada, principalmente por aqueles que acreditam ser um “atraso” o fato de as companhias de telecomunicações terem “conseguido” que o serviço fosse bloqueado para facilitar investigações de possíveis irregularidades – a batalha na justiça em si não é entre operadoras e app, mas sim entre investigações da própria justiça e a ferramenta. O próprio Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, que agora é dono do app, disse que hoje é um “dia triste” para o país.

Uma das acusações é a de que, ao oferecer a possibilidade de enviar mensagens gratuitamente, o WhatsApp estaria prejudicando a geração de receita das grandes operadoras – e o bloqueio em si se deu porque o WhatsApp não teria atendido a uma determinação judicial de 23 de junho deste ano.

Paralelamente a isso, a briga do Uber com os taxistas já virou um assunto célebre, em que quase ninguém deixa de tomar um lado: alguns a favor da possibilidade de escolha; outros em defesa dos taxistas, classe que pode estar sofrendo com concorrência desleal; e até mesmo uma leva que acredita que não deve mais haver táxis: apenas o próprio Uber – seja porque o esquema das organizações de táxi pode ser cruel, e nesse sentido, há até quem diga que o Uber é socialista, ou porque simplesmente preferem o app.

Outra história semelhante – mas que já vem sendo desenhada há mais tempo – é a novela entre as operadoras de televisão e os serviços sob demanda como Netflix; que parece um desdobramento da batalha entre indústria audiovisual e os downloads ilegais – aliás, sites de downloads de torrents e o Popcorn Time foram alguns dos aniquilamentos ocorridos nos últimos tempos. Menção honrosa aqui às gravadoras de música que também precisam lidar com os mesmos downloads e com serviços como o Spotify. Nessa batalha, vemos emissoras como a HBO bloqueando conteúdos, respostas do Netflix ao criar conteúdos próprios, tentativas das próprias televisões de criar serviços “on demand”, entre outras idas e vindas.

Há quem diga, como o fundador da 500 Startups, que as startups vão acabar com as empresas tradicionais em pouco tempo – mais especificamente, cinco anos: “as pessoas que apostam em corporações acreditam que as operações delas continuarão crescendo daqui 10 anos, mas elas provavelmente serão engolidas em cinco”, afirmou em um evento no mês passado em São Paulo.

A grande vantagem das operadoras de telefonia móvel é que, por enquanto, o WhatsApp precisa da “permissão” delas para funcionar. O aplicativo, recentemente, passou a possuir uma nova forma de criptografar dados e ligações de usuários como medida de segurança; por isso o bloqueio foi possível.

Nas histórias paralelas: ainda que haja tentativas de regularizar o Uber, o aplicativo segue funcionando a plenos motores em todos os lugares em que teoricamente não poderia existir, por exemplo – e Netflix e Spotify não possuem nem brechas para irregularidades por enquanto.

Os números não mentem: no segundo trimestre de 2015, os lucros das três principais operadoras brasileiras caíram significativamente ante o mesmo período de 2014. O caso mais assombroso é o da Claro!, que despencou nada menos que 99% na comparação. O da Vivo caiu 56,4% e o da TIM, 21%. Para tentar lidar com isso, as operadoras têm entrado no campo de batalha com aplicativos próprios de mensagens, além de planos com condições especiais – inclusive a possibilidade de usar o WhatsApp depois que acaba o pacote de dados contratado.

Segurança e o consumidor

A priori, a possibilidade da coexistência parece ser a mais interessante ao consumidor, já que a concorrência teoricamente diminui preços e melhora os serviços. Estar “nas mãos” das decisões das empresas sempre parece um pouco perturbador: o Uber, por exemplo, passou a adotar uma medida chamada “tarifa dinâmica”, na qual os preços variam de acordo com a demanda e é dado um aviso quando o usuário tenta chamar o motorista. Se existisse apenas o Uber, essas cobranças maiores poderiam se tornar abusivas – ainda que a companhia garanta que seus preços são menores até do que os gastos de se ter um carro próprio.

Outra questão que não deve ser deixada de lado é a da segurança: não é de hoje que os usuários de internet se preocupam com o fato de as empresas terem acesso a tantos dados pessoais – inclusive as conversas com amigos. É emblemático, aliás, que Marck Zuckerberg tenha se pronunciado a respeito do bloqueio no Brasil: o Facebook é o segundo aplicativo mais usado no país. É provável que, juntos, os dois tenham acesso a praticamente 100% dos dados pessoais de todos os usuários de internet do país. Os que não estão com o Facebook, estão com o Google.

E é por isso que leis específicas para o uso desses dados eletrônicos sejam aplicadas com seriedade: mais do que tentar impedir os avanços tecnológicos, o que parece impossível, é essencial ao consumidor que eles sejam regulamentados de maneira a criminalizar o mau uso de certas informações. Nesse sentido, o Marco Civil da Internet brasileiro, sancionado em abril de 2014, é pioneiro, mas deve ser constantemente melhorado e atualizado. Sobre o Marco, o advogado Marcos da Costa afirma, em texto no site Consultor Jurídico, que “a segurança jurídica que o Marco Civil deve contribuir para minorar práticas nefastas que hoje afetam cidadãos, empresas e governos”.

A ONU também tem feito sua parte, com a criação, em março deste ano, do mandato de um relator especial sobre o direito à privacidade na era digital. Segundo o órgão, o direito à privacidade garante que “ninguém será sujeito a interferências arbitrárias ou ilegais em sua privacidade, família, lar ou correspondência, bem como o direito à proteção da lei contra tais interferências, conforme estabelecido no artigo 12 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e no artigo 17 do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos”. Frente a esta resolução estavam Brasil e Alemanha.

Mas a questão principal que surge dessa batalha é que as companhias parecem não saber qual estratégia vão adotar. A medida tomada na quarta-feira pareceu um ato desesperado de batalhar contra uma movimentação que, até agora, tem tudo para ser o caminho natural – novas tecnologias surgem e o mercado deve se adaptar, ou coexistir. O serviço do WhatsApp, do Facebook Messenger e até mesmo do Skype ainda não é o mesmo oferecido pelas operadoras. E a história até agora nos mostrou que serviços (não plataformas, não tecnologias) diferentes, ainda que concorram, podem ser usados concomitantemente: o CD pode até ter “matado” o cassete, mas a televisão não matou o cinema, que não matou o rádio. Talvez o segredo esteja em usar uma máxima da internet: companhias gigantes, “aceitem que dói menos”, nenhum império dura para sempre – aliás, e o novo Star Wars?

Publicado originalmente no site startse.infomoney.com.br

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Latino-americano deve gastar em média R$ 815 com presentes de Natal em 2015

Entre os dias 8 e 12 de novembro, o Groupon realizou uma pesquisa com 6.800 pessoas dentro de sua base de usuários, na Argentina, no Brasil, no Chile, na Colômbia e no México, com o intuito de compreender quais são as expectativas para o próximo Natal e os gostos dos latino-americanos quando o assunto é dar e receber presentes.

“No Brasil e na América Latina, o e-commerce vem crescendo como uma alternativa de compras, especialmente em datas movimentadas, já que o usuário pode comprar online com facilidade evitando filas e deslocamentos. Por isso, com esse estudo, nosso objetivo foi entender um pouco mais sobre o hábito de presentear em toda a região para oferecer promoções assertivas para nossos usuários”, explicou João Pedro Serra, vice-presidente do Groupon no Brasil.

Em média, o latino-americano deve gastar R$ 815* em presentes neste natal e dar cerca de dez presentes. Para 60% dos entrevistados, o presente mais desejado é uma viagem - um final de semana em um hotel bacana - seguido por roupas (45%) e uma experiência diferenciada com amigos e/ou familiares (41%). Os presentes mais marcantes são aqueles em que o presenteado ganhou exatamente aquilo que queria, para 75%; mas, por outro lado, 85% dos entrevistados afirmam que não compartilham nenhuma lista com o que gostariam de ganhar. Os presentes tidos como os mais memoráveis são aqueles dados pelo parceiro(a), com 85% dos votos.

Os brasileiros pretendem gastar em média R$ 58 em cada presente e, no total, planejam desembolsar algo em torno de R$ 462, comprando cerca de oito presentes neste Natal. No Brasil, assim com nos outros países pesquisados, um Natal perfeito é composto por atividades familiares, para 75% do total de entrevistados, e também por uma grande ceia, afirmam 72% das pessoas que participaram do estudo.

* A pesquisa completa conduzida pelo Groupon envolveu 19.262 pessoas em 16 países, realizada entre os dias 8 e 12 de novembro. Para fins de comparação, foram utilizados aqui apenas dados referentes à América Latina. No Brasil, a amostra compreendeu 1.025 pessoas, com idade entre 18 e 65 anos. 

** Cotação do dia 17/11. US$ 214 e US$ 22. 

Sobre o Groupon:

Groupon é líder global em comércio local e o primeiro lugar onde o consumidor procura quando quer comprar qualquer coisa, a qualquer hora e em qualquer lugar. Com escala global, o Groupon consegue oferecer aos consumidores um vasto marketplace de ofertas imbatíveis em todo o mundo. Nele, os consumidores descobrem tanto pela web como pelo celular o melhor que sua cidade tem a oferecer, desfrutam de ótimas opções de férias com Groupon Viagens e encontram uma seleção de ofertas de qualidade relacionadas à moda, artigos de decoração e muito mais com o Groupon Shopping. O Groupon está reinventado o modo como pequenas empresas atraem, retêm e interagem com seus clientes, fornecendo um pacote de produtos e serviços digitais que incluem campanhas de negócio personalizadas, opções de pagamentos com cartão de crédito e débito e soluções de ponto de venda que ajudam empresas a crescer e operar de forma mais eficaz. Para saber mais, visite www.groupon.com.br. 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Confiança dos empresários do comércio gaúcho completa 11 meses consecutivos em queda

Com queda de 27,8% em novembro, a confiança dos empresários do comércio gaúcho encerrou
novembro em campo pessimista e alcançou o 11º recuo consecutivo. Aos 76,2 pontos, e em queda generalizada, o resultado  indica um agravamento das percepções do empresariado do setor em relação à economia brasileira como um todo. Os dados são da pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Comércio do Rio Grande do Sul (ICEC-RS), realizada pela Fecomércio-RS e divulgada nesta quinta-feira (3).

A redução da confiança está disseminada em todos os componentes que formam a pesquisa. Os fatores determinantes para o comportamento  do indicador são os mesmos observados ao longo dos últimos meses: inflação alta, aumento dos juros, atividade econômica em queda, resultados negativos das contas públicas e forte depreciação cambial.

O presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, destaca, no entanto, um aspecto interessante da pesquisa de novembro. Segundo ele, apesar do crescimento do pessimismo no ambiente empresarial, as expectativas em relação ao futuro resistem no campo positivo. “A expectativa positiva quanto ao futuro está basicamente associada ao desempenho da empresa. O empresariado está entendendo que a economia não vai ajudar ninguém a crescer: agora, mais do que nunca, o esforço de cada empresa é que vai fazer a diferença”, explica Bohn. O indicador de expectativas dos empresários em relação ao futuro (IEEC), está em patamar otimista, aos 107,6 pontos, mas caiu 21,2% em relação ao mesmo mês do ano passado

O dirigente destaca que, assim como no mês passado, a melhora no indicador que mede a adequação do nível de estoques é também um sinal positivo do ICEC de novembro, tendo em vista o cenário de juros elevados que tornam o acúmulo de mercadorias mais caro para as empresas.

Os dados de novembro sobre as condições atuais (ICAEC) que refletem a percepção do empresário quanto ao momento econômico presente, ao setor e à própria empresa atingiram 37,9 pontos, queda de 48,8% na comparação com o mesmo período de 2014.   O componente referente à economia brasileira, atingiu 17,9 pontos, e registrou queda de 68,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os outros componentes desse mesmo indicador – percepção quanto ao comércio e à própria empresa – apresentaram quedas intensas em relação a novembro/2014, com recuo de 49,8% e de 36,2%, respectivamente.

No que se refere aos investimentos do empresário do comércio (IIEC), houve redução de 21,5% na comparação com novembro do ano passado, com o indicador aos 83,0 pontos. Segundo o presidente da Fecomércio-RS, foram determinantes para esse comportamento negativo as reduções das perspectivas de contratação de funcionários (-33,3%) e de realização de investimentos (-30,0%), que permanecem em nível pessimista desde agosto de 2014.

- Veja os resultados completos em http://links.fecomercio-rs.org.br/ascom/analiseICECnov15.pdf

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A economia colaborativa do Uber e tantos outros

Como funcionam aplicativos como Uber, Airbnb e MonkeyParking? Quais são as suas vantagens? Esse interessante artigo do blog SOFTONIC esclarece um pouco mais sobre a economia colaborativa, confira:

Você tem uma entrevista de emprego, mas o despertador não tocou e você está atrasado. O ônibus não passa, não há táxis ao redor e é preciso economizar 40 reais porque este mês você não tem dinheiro. Por que não descolar um carro com o Uber?

Ou ainda: você trabalha como freelancer e está numa fase de vacas magras. As contas e o aluguel, no entanto, continuam o mesmo. Em casa, você tem um quarto disponível com uma cama agradável que você nunca usa, a não ser quando recebe convidados.

Gostaria de alugá-lo por um fim de semana para voltar a ter uma graninha? Você já pensou em usar o Airbnb?

Uber, Airbnb, MonkeyParking, BlaBlaCar, TaskRabbit, EatWith e muitos outros constituem um novo sistema chamado sharing economy (economia colaborativa), baseado em dividir os bens e serviços entre os usuários.

Mas vamos começar direito. Vejamos como estes serviços funcionam, quais são as vantagens e os riscos que você corre.

A roda do consumo colaborativo

Além das definições que podem ser encontradas no Wikipedia, a sharing economy, ou consumo colaborativo em português, é um sistema de troca de bens ou serviços.

Há muitos jeitos diferentes e estruturas, que podem ser com ou sem fins lucrativos, mas os serviços que fazem parte disso têm em comum a troca entre pessoas, por isso falamos em economia peer-to-peer.

Embora seja um fenômeno recente, a coluna de Schumpeter na revista da The Economist remete ao famoso programa de compartilhamento de arquivos, Napster, que inspirou a economia colaborativa, onde um sistema intermedia o contato entre estranhos para partilhar e trocar as coisas.

Como funcionam os apps de economia colaborativa?

Os serviços que compõem a sharing economy são muitos. Os mais famosos são, provavelmente, Uber [Android | iPhone], que com o serviço UberPOP permite aos proprietários de um carro improvisarem como taxistas, e Airbnb [Android | iPhone], que conecta os donos de apartamentos ou locatários com turistas interessados em estadias curtas.

Na verdade, existem muitos outros. Somente para dividir o carro, nós selecionamos oito deles, apenas os mais famosos. Você provavelmente já ouviu falar de BlaBlaCar [Android | iPhone], o aplicativo para viajar em um carro com outras pessoas e dividir as despesas.

O MobyPark serve para alugar o seu estacionamento enquanto você não está usando. O MonkeyParking, no entanto, é um app para vender aquele estacionamento na rua no centro que você lutou para encontrar ou para comprar um debaixo de casa ao voltar do trabalho.

Mas estes serviços não estão limitados à circulação. O TaskRabbit [Android | iPhone] é uma espécie de classificados, que permite colocar seu conhecimento à disposição ou comprar pequenos serviços de seus vizinhos. O Couchsurfing [Android | iPhone] não possui fins lucrativos e serve para oferecer o seu sofá a viajantes de todo o mundo para dormir.

O Fon [Android | iPhone] é uma plataforma para compartilhar sua rede Wi-Fi com os assinantes do serviço e para usar a conexão deles quando, por exemplo, você está viajando e não tem 3G. Com o EatWith você pode acomodar as pessoas em casa para jantar ou sair para comer na casa deles, enquanto no Yerdle você pode se livrar de coisas desnecessárias.

Estes serviços continuam proliferando e a lista pode ser muito longa e atualizada a cada semana. Mas o mais interessante é saber se você deve usá-los e por quê.

Vantagens e desvantagens dos serviços

A essência dos serviços da economia colaborativa é a possibilidade do cidadão comum poupar dinheiro por meio da divisão de gastos e ganhar dinheiro adicional investindo um pouco do tempo ou algumas propriedades.

Como sugere o Country Manager para a Itália do Airbnb, Matteo Stiffanelli, se você tem uma casa que fica vazia por muitos meses, o melhor negócio é alugá-la aos turistas para cobrir os seus custos. E para quem aluga, a vantagem é dormir em outra cidade, a um preço mais barato que um hotel ou uma residência.

Airbnb é uma saída para aumentar a rendaTela do serviço Airbnb

Mas os benefícios não se limitam a uma carteira mais cheia. Segundo Stiffinelli, a economia colaborativa é melhora a eficiência do acesso a bens e serviços, diminui desperdícios e possui valor social. Viajar com Airbnb aumenta a chance de visitar lugares únicos que talvez você não pudesse pagar.

Além de ganhar ou poupar em termos puramente econômicos, você pode até fazer novos amigos em uma viagem no carro com BlaBlaCar, conhecer o seu futuro parceiro enquanto dorme no sofá de uma casa no Couchsurfing, ser introduzido na vida local de Istambul com o Airbnb ou aumentar o seu conhecimento nos cursos da Coursera.

Mas há também os riscos legais que dependem da legislação local. Por exemplo, usar UberPOP como motorista em Milão, Barcelona e outras cidades é ilegal, mas não há problema se você for o passageiro.

Alugar uma casa para menos de 30 dias sem que o proprietário esteja presente é ilegal em Nova Iorque e São Francisco, tanto como não pagar os impostos sobre a propriedade alugada em outros lugares. Mas também com o Airbnb não existem problemas para os consumidores do serviço.

Em alguns casos, a lei se adaptou as novas necessidades criadas pelo consumo colaborativo, como aconteceu em Amsterdã e Hamburgo, onde o aluguel de curto prazo era ilegal, mas agora não é mais.

Você não pode nem subestimar os riscos de fraude inerentes à economia colaborativa. "Um dos problemas fundamentais da sharing economy é a segurança e também é um dos desafios para nós, mas trabalhamos duro para isso", diz Matteo Stiffanelli.

O Airbnb, por exemplo, não tira fotos se a casa é desordenada e, se você receber feedback negativo dos usuários, o serviço dá dicas para melhorar. Mas também existem métodos para se proteger de fraudes.

"As avaliações dos usuários são o fator mais importante", diz Matthew Stiffanelli, "Eu mesmo sou muito seletivo e não reservo se o anfitrião não ter pelo menos 4 estrelas (de 5 estrelas disponíveis)". O mesmo se aplica a todos os serviços da sharing economy.

No entanto, estes serviços têm uma segurança maior que, por exemplo, os clandestinos. "Com o EatWith - diz o Ravi, usuário em San Francisco - existem garantias para os anfitriões que os clientes realmente pagarão quando eles vêm para o jantar, e que o hóspede pode esperar uma refeição de qualidade, já que chef passou pela seleção de candidatos".

Economia alternativa e interativa

Uma das principais diferenças com o consumismo clássico é o fato destes serviços serem baseados em comunidades onlines que interagem e trocam opiniões. O Airbnb não é um site de anúncios e não é um supermercado, é uma comunidade em que a conversa entre as pessoas é essencial, e esta é a sua força.

Assim, além de buscar informações sobre o serviço na rede e sobre as leis do país a respeito dele, o melhor conselho a ter em mente quando você está usando esses aplicativos é de interagir com os membros desta comunidade e criar uma ideia do que você vai encontrar. O resto depende de você também!

Fonte: site SOFTONIC (veja post original aqui)

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Três dicas para manter seu ciclo de caixa no azul

Se eu não consigo receber antes de gastar para produzir, como posso manter um bom ciclo de caixa?
A gestão do ciclo de caixa é fundamental para que as empresas sejam competitivas e garantam a sua sobrevivência. Para que os negócios continuem produzindo e vendendo, é necessário realizar compras de insumos, pagamentos de custos envolvidos nas atividades de produção e prestação de serviços e despesas operacionais e gerais do negócio. Logo, é preciso gerir o fluxo de caixa de forma que sempre haja recursos para que a empresa realize esses pagamentos e garanta a continuidade da operação, isto é, a entrega dos produtos e serviços ofertados aos seus clientes. No mundo de hoje, em que as empresas estão inseridas em um cenário altamente competitivo e que os clientes têm acesso a diversas opções de fornecedores, se torna cada vez mais necessário, para não perder vendas ou para aumentar as suas vendas, que as empresas ofereçam prazo de pagamentos ao mercado. Caso contrário, o cliente irá comprar de seus concorrentes.

Diante deste cenário surge a questão “Como financiar a minha produção e  manter um bom ciclo de caixa se o cliente me paga a prazo?”

O primeiro passo é realizar o planejamento das contas a pagar e das contas a receber com base em projeções dos volumes de vendas, compras, custos de produção, despesas operacionais e, principalmente, os prazos de recebimentos e pagamentos. Após essa etapa, será possível ter conhecimento da necessidade de capital de giro gerada pelo ciclo de caixa do negócio.

A necessidade do capital de giro gerada pelo ciclo de caixa será definida pelo tempo decorrido entre o pagamento aos fornecedores e o recebimento das vendas. Com isso, uma das metas principais será reduzir a diferença entre as datas do ciclo de caixa ou até mesmo receber de seus clientes, mesmo com vendas a prazo, antes de pagar os seus fornecedores. Como conseguir isso?

1) Reduza o prazo do seu estoque

As iniciativas de otimização do ciclo de caixa devem começar com a redução do prazo médio de estoque. Para tal, é necessário realizar melhorias nos processos de compras e produção, com objetivos de determinar volumes adequados fazendo uma melhor previsão de demanda e, consequentemente, reduzir o nível de estoque. Com isso, é possível reduzir o volume de pagamentos dos fornecedores e escoar mais rápido o que foi produzido, de modo antecipar o fluxo de recebimentos.

2) Negocie com fornecedores

Aumentar o prazo médio de pagamento junto aos fornecedores também é de extrema importância para viabilizar prazos mais dilatados nas vendas. Isso será obtido com negociações de prazos de pagamentos com seus fornecedores, por isso é fundamental ter processos bem estruturados e eficiente de cotações e tomada de decisões de compras. Entre as principais práticas para aumentar o poder de barganha, destaco:

– Ter mais um fornecedor para cada insumo com planejamento de volumes por fornecedor, que possibilite condicionar as compras em cada fornecedor com a maiores prazos de pagamento

– Ter equilíbrio na negociação das condições comerciais entre preços e prazos, já que um maior prazo poderá ser mais vantajoso do que um desconto

– Treinamento da equipe de compras de técnicas de negociações e relacionamento com fornecedores.

3) Antecipe seus ganhos

A terceira frente de ação é reduzir o prazo médio de recebimento através de antecipação de recebíveis. Nesse caso, é importante considerar o impacto das despesas financeiras na rentabilidade do negócio e a gestão de relacionamentos junto as instituições financeiras para disponibilidade e aprovação das operações de crédito.

Outras ações recomendadas para de reduzir o prazo de recebimento são: realizar de forma eficiente as atividades de cobranças com o objetivo de diminuir atrasos de pagamentos por parte de clientes e análise de crédito eficiente para evitar perdas por inadimplência.

É muito importante destacar que as ações necessárias para administrar o ciclo de caixa não são de responsabilidade somente da área financeira. As soluções envolverão praticamente todas as áreas da empresa, entre elas Compras, Logística, Produção, Comercial, Recursos Humanos e o Financeiro. Em resumo, para que a sua empresa possa oferecer prazo aos seus clientes sem colocar em risco a sua sobrevivência, destaco as seguintes ações: Planejamento de compras e produção, planejamento de vendas, negociação de prazo com fornecedores, acesso a linhas de antecipação de recebíveis e política de crédito e cobrança.

Fonte: Linkedin

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

História: Inflação no Brasil

Para muitos estudantes que hoje ingressam nos ensinos fundamental e médio, a discussão sobre a questão inflacionária no Brasil parece um tema distante ou, até mesmo, estranho. Entretanto, a economia do nosso país, ao adentrar os ditames do capitalismo industrial e financeiro, passou a conviver com as contradições de um país economicamente dependente que deveria encontrar soluções para valorizar sua moeda e desenvolver sua economia.

No entanto, promover esse desenvolvimento exigia dos nossos governos a contração de empréstimos a serem empregados na contratação de funcionários e no financiamento de obras que, muitas vezes, acabavam deixando nosso país completamente endividado. Uma solução usual adotada pelo Estado para sanar este problema era fabricar o dinheiro necessário para que tivesse condições de honrar uma considerável parte de seus compromissos financeiros.

A solução parecia ser prática e viável, mas, infelizmente, a circulação de papel-moeda em uma economia que não tem riquezas correspondentes àquele total de dinheiro disponível acaba desvalorizando a moeda. Conseqüentemente, o preço das mercadorias sobe e os trabalhadores – que tem sua renda fixada em uma determinada faixa salarial – têm o seu poder de compra reduzido, o que acaba aumentando o já tão penoso custo de vida.

Até aqui, podemos perceber que um dos fatores responsáveis pela crise inflacionária está intimamente ligado à contração de dívidas. No Brasil essa contração de dívidas tem longa data e veio se desenhando desde o período colonial, quando diversos exploradores requeriam da Coroa Portuguesa empréstimos para financiar suas atividades. Passando para a monarquia, temos o governo de Dom Pedro I inaugurado por uma dívida de dois milhões de libras esterlinas, usadas na “compra” efetiva de nossa independência.

No período republicano a questão inflacionária ganhou uma importância ainda maior, tendo em vista as novas condições da economia mundial. O Brasil, em pleno auge de desenvolvimento do capitalismo industrial, se via diante o dilema de preservar o traço agro-exportador da economia nacional ou promover a modernização da economia. No primeiro governo republicano surgiu a figura de um proeminente intelectual chamado Rui Barbosa, que ocupou o cargo de Ministro da Fazenda.

Em sua gestão, Rui Barbosa procurou modernizar a economia nacional permitindo que os bancos fabricassem papel-moeda e facilitando a contração de empréstimos para a criação de empresas. A medida, apesar de bem intencionada, gerou uma enorme crise especulativa que promoveu uma onda de empréstimos seguida pela injeção massiva de papel-moeda na economia. Com isso, o país não conseguiu remodelar sua política de desenvolvimento econômico e, ainda por cima, causou uma grande crise inflacionária.

Apesar desse episódio de dimensões trágicas, nas primeiras décadas do século XX, o Brasil teve uma considerável reação econômica causada pela crise do mercado europeu. A partir de 1914, o Velho Continente tornou-se palco de uma série de conflitos civis e grandes guerras que desestabilizaram sua própria economia. Nesse momento, o Brasil, tão dependente dos produtos industrializados europeus, iniciou a arrancada de sua indústria e a diversificação de sua economia.

Esse primeiro fôlego dado à economia gerou uma contenção do problema inflacionário no Brasil. Contudo, o país inaugurava sua industrialização em um momento que diversas potências industriais já estavam plenamente consolidadas no mercado internacional. Por isso, o país necessitava de contrair empréstimos para que fosse possível tornar nossa economia consideravelmente competitiva em relação aos seus concorrentes comerciais.

Nos governos de Vargas e JK, o dilema do desenvolvimento foi sensivelmente marcado entre a opção de proteger a economia e promover um desenvolvimento autônomo e gradual, ou permitir que investidores estrangeiros pudessem injetar seus recursos para que o país pudesse recuperar os anos de atraso da economia. Ambas as opções requeriam projetos econômicos muito bem elaborados que, apesar de demandarem de empréstimos, deveriam ter o cuidado de não desvalorizar a moeda nacional.

Todavia, as oscilações do mercado internacional, a corrupção política e nosso atraso econômico acabavam possibilitando a deflagração de diversos processos inflacionários. No governo militar, principalmente entre os anos de 1969 e 1973, a economia experimentou uma onda de crescimento propiciado pelo chamado “milagre econômico”. Esse teve curto período de vida, principalmente em razão da crise que se abateu sobre a economia mundial e o modelo de desenvolvimento artificial gerado do tal “milagre”.

Na década de 1980, o problema da recessão econômica acabou transformando a inflação em um companheiro presente na mesa de todos os brasileiros. A desvalorização da moeda chegou a tal ponto que os produtos do supermercado, por exemplo, eram reajustados mais de uma vez ao dia. Nessa mesma época, a criação de diferentes moedas era tentada para se conter o caos da inflação e diversos planos econômicos tentavam dar uma solução definitiva para a questão.

No ano de 1994, o “Plano Real” propôs um projeto de reestruturação da economia nacional baseado em uma nova moeda que levava o mesmo nome do plano. A partir de então, os níveis inflacionários de nossa economia, excetuado alguns momentos de crise momentânea, passaram a alcançar níveis suportáveis ao desenvolvimento e o custo de vida de uma considerável parcela dos trabalhadores. Desde então, a economia nacional deu sinas de amadurecimento, a inflação se transformou em uma fera domável e o Brasil hoje busca a condição de “nação emergente”.
Histórico realizado por Rainer Sousa, Graduado em História - Equipe Brasil Escola

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Entenda o que a baixa auto estima pode fazer com você

Baixa autoestima é muito mais do que insatisfação com você mesmo. É na verdade um sentimento
mais profundo que vai além de não estar bem com seu peso ou sua imagem em algum momento.
BuzzFeed Brasil entrevistou o psiquiatra Fernando Fernandes, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP que afirmou que “a baixa autoestima é um sentimento de menos valia” e que está sempre associada ao sentimento de insegurança. “Quem sofre de baixa autoestima tende a interpretar fatos e sinais de uma maneira ruim e tem uma visão extremamente negativa de si mesmo o tempo todo”, diz.

Baixa autoestima não é uma doença e sim um sentimento, por isso não existe um diagnóstico específico.

Existem indícios de que uma pessoa sofra de baixa autoestima e é muito importante que se fique atento a eles. “É possível identificar por algumas características como atitudes autodepreciativas, comportamentos inseguros, ações que denotem insegurança, principalmente nos relacionamentos interpessoais”, afirma Fernando.

Resumindo, a pessoa que sofre de baixa autoestima dá sinais disso, principalmente quando se vê em meio a outras pessoas, como em um relacionamento afetivo ou trabalho.

A baixa autoestima se torna um problema quando impede qualquer pessoa de fazer algo.

O sentimento passa a ser um problema quando o indivíduo deixar de sair, socializar, namorar e até trabalhar. Para Roberto Rosas Fernandes, da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica, a questão da baixa autoestima é muito mais importante do que as pessoas pensam.

“Em geral usam o termo para falar sobre mudanças físicas, como alterações de peso ou um corte de cabelo”, como se a autoestima fosse uma questão apenas externa. “Mas a pessoa que sofre de baixa autoestima se sente insegura em embarcar em projetos emocionais e profissionais, se tornando incapaz de se lançar para vida”, diz Roberto, em entrevista ao BuzzFeed Brasil.
Segundo ele, evitar ir a uma festa ou não conseguir se aproximar de alguém que te interessa são problemas recorrentes na vida de quem sofre com a baixa autoestima.

Problemas de baixa autoestima podem começar já na infância.

Isso é estudado pela Psicologia do Narcisismo, a área que observa a autoestima, e que conta com diversos estudos. “Alguns deles apontam que uma criança que foi ouvida, teve exemplos positivos e contou com pais que foram empáticos e que entenderam as necessidades dessa criança, provavelmente não se tornou um adulto com questões de baixa autoestima, ou como chamamos, feridas narcísicas”, diz Roberto.

Essa é uma das possibilidades de origem de problemas de baixa autoestima e pode ser resolvida em acompanhamento com psicólogos e psicanalistas.

A baixa autoestima também pode surgir na adolescência e até na vida adulta por conta de padrões inalcançáveis de vida.

Segundo a professora do Instituto de Psicologia da USP, Leila Tardivo, “a autoestima é sim algo que se constrói desde cedo, porém não se pode culpar apenas os pais”. “Durante a adolescência é muito característica a necessidade de pertencimento e na vida adulta também temos que entender que não adianta você tentar seguir padrões estéticos e sociais inalcançáveis”, diz Leila, em entrevista ao BuzzFeed Brasil.

Como um bola de neve de problemas, ela pode virar um quadro de depressão.

Nem todo mundo que sofre de baixa autoestima tem depressão, porém ela pode ser um dos componentes da doença e deve ser observada independente de qual seja o caso.

“As pessoas confundem baixa autoestima com um sentimento de insatisfação. Quando esse descontentamento não está associado a uma coisa específica, como um nariz que incomoda, ou um pequeno sobrepeso, passa a ser um problema grave e pode ser sinal de um quadro depressivo”, diz Fernando.

Leila completa afirmando que “é possível entender a baixa autoestima como um sintoma de depressão quando a pessoa se sente constantemente derrotada, infeliz, e insatisfeita. Esses sentimentos vão piorando a situação porque favorecem ainda mais o fracasso individual”.
Nestes casos, os três profissionais ouvidos pelo BuzzFeed Brasil indicam a busca de auxílio profissional como psicólogos e psiquiatras.

O primeiro passo para melhorar a autoestima é buscar o autoconhecimento.

“Todo investimento que a pessoa fizer em si é muito importante. O indivíduo pode criar sua própria autoestima através de investimentos como o cuidado com corpo, com a alimentação, investimento em educação e bons trabalhos”, aponta Roberto.
É preciso lembrar porém que a baixa autoestima é também uma questão interna. “Não é só uma questão de aparência. Se mudanças como peso e maquiagem ajudarem você a se organizar internamente, ótimo, do contrário só as transformações físicas não vão ajudar”, diz Leila.

Pequenas metas são ideias para melhorar a autoestima.

“Estabelecendo pequenas metas a pessoa passa a desenvolver segurança a medida que consegue ver o desenvolvimento delas. Se por exemplo alguém quer fazer exercícios físicos, pode começar andando uma quadra, na semana seguinte duas, depois de alguns meses começar a correr e assim vai. Cumprir pequenas metas vai gerando um ciclo virtuoso”, afirma Fernando.

Não tem problema se afastar de quem não está te ajudando (ou te puxa para baixo).

Fernando diz ainda que “se cercar de pessoas positivas que veem o lado bom das situações e da sua personalidade é essencial para a melhora da autoestima. E não tem problema bloquear quem te deprecia, que te coloca pra baixo”. E o mesmo vale para ambientes. “Isso não quer dizer ficar recluso, mas sim escolher quem ajuda e não quem critica”, diz.

Caso você conheça alguém que aparenta sofrer de baixa autoestima, seja companheiro e compreensivo.

Leila diz que “não adianta ficar apontando as falhas e defeitos em quem tem baixa autoestima”. Roberto complementa que “um bom vínculo, seja namoro, casamento ou amizade, é essencial para promover o ser humano, portanto é interessante que quem sofra de baixa autoestima tenha suporte de quem está próximo”.

Fernando indica que esse suporte pode ser feito por meio de conselhos e convites. “Se você percebe que um amigo sofre de baixa auto-estima, convide ele para fazer atividades. Se ele quer emagrecer, proponha caminhadas divertidas, se ele quer ganhar mais conhecimento, proponha cursos”, diz. Não pressione, vá junto e dê apoio de forma objetiva. “As pessoas precisam de um estímulo amigo e de um exemplo, muito mais do que falar, é legal ir junto!”, diz Fernando.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Cinco grandes tendências do Marketing Digital

Uma pesquisa realizada pelo IAB Brasil, com a colaboração das principais empresas que compõem o
mercado digital, concluiu que a publicidade online no país deverá crescer 14% e o marketing digital movimentará cerca de R$ 9,5 bilhões este ano.

O que podemos perceber é que mesmo com a economia em crise, com falta de investimento e receita, esse crescimento fortalece ainda mais as empresas pioneiras do setor. Por outro lado, aquelas que ainda buscam investir nessa área acabam enfrentando dificuldades em encontrar o melhor caminho para ter sucesso. Pensando nisso, elaborei esse artigo com cinco tendências do marketing digital que irão fazer com que seu negócio decole:

Humanização do branding: com a ascensão das mídias sociais, as empresas irão perceber que seus clientes desejam interagir com outras pessoas e não com marcas ou empresas. Portanto, aquelas que investirem na humanização de seu atendimento, tendem a desfrutar de maiores taxas de conversão, fidelização, rápido crescimento da audiência e a garantia de clientes mais satisfeitos.

Inbound Marketing: a cada ano esse conceito se torna cada vez mais significativo para as empresas que atuam no segmento online. Este ano, em especial, a tendência é investir ainda mais no inbound marketing pois é uma vertente que permite a personalização, posicionamento e fidelização de forma eficaz. Os blogs corporativos, por exemplo, tendem a elevar sua produção de conteúdo, buscando ser representativos em relação à necessidade de seus consumidores e o reflexo de seus concorrentes.

Links patrocinados: apesar do aumento do inbound e da execução de SEO para o tráfego orgânico, a publicidade paga continuará tendo grande atuação no marketing digital. Os links patrocinados servirão cada vez mais como suporte para a divulgação dos conteúdos publicados nas plataformas, tendo menos expressão como formas principais, mas grande significado quando aplicados paralelos ao marketing de conteúdo.

Vídeos online: considerado uma grande tendência nesses últimos anos, utilizar os vídeos online pode ser uma das melhores estratégias para ter resultados de conversão. Segundo pesquisa da Accenture, o Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de visualizações em plataformas de vídeos, com mais de 11 bilhões de views mensais e cerca de 96% de usuários na web que consomem conteúdo em vídeo.

E-mail Marketing: é uma das formas mais tradicionais e eficazes de marketing online. Pesquisa feita pela Forrester Research afirma que usuários que compram produtos por e-mail, gastam 138% a mais do que as pessoas que não recebem esse tipo de oferta. O e-mail marketing é uma das grandes tendências de investimento em formação de listas, construção de páginas e produção de iscas, garantindo altas taxas de conversão de vendas, leads e propects.

Essas foram apenas algumas dicas de como aproveitar as principais tendências do marketing digital de forma eficiente para gerar engajamento e, consequentemente, aumentar a identidade da sua marca. Procure investir e aplicar essas estratégias em seu negócio e aumentar a conversão de vendas.

Artigo de Eric Hayashi, Head of Marketing da SambaAds, empresa focada em publicidade e na disseminação de conteúdo em vídeos online.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Todo profissional precisa vender seu peixe. Mas com limite!

Em um cenário de constantes mudanças no mercado de trabalho, adquirir visibilidade e,
consequentemente, uma oportunidade não é tarefa fácil. Muitos profissionais se acomodam em suas tarefas e esquecem que para serem vistos e lembrados pelos seus chefes é preciso ousar e se utilizar da autopromoção. Mas até onde essa prática pode chegar sem se tornar irritante?

Para Dan Schawbel, colunista das revistas Forbes e Time e autor do livro "Promova-se", existe uma clara distinção entre autopromoção e fanfarronice no ambiente de trabalho. "Autopromoção significa fazer estrategicamente com que as pessoas saibam o que você pode fazer, quais são suas habilidades e o que você já realizou - de uma maneira que mantenha o foco no modo como tudo isso favorece sua equipe e sua empresa. Já a fanfarronice é quando você se vangloria e diz respeito ao que é interno: você, você, você - como você é magnífico e como você é melhor do que todo mundo", explica.

Para você não se tornar apenas mais uma pessoa irritante dentro da empresa, separamos algumas dicas de Schawbel para realizar sua autopromoção e não parecer um idiota enquanto isso. Confira:

1. Faça com que as pessoas entendam que vale a pena falar ao seu respeito. Para isso, execute seu trabalho com precisão e se torne conhecido por uma coisa ou área em específico. "Se você for especialista em alguma coisa e executar um trabalho de alta qualidade, se você se der bem com os outros e trabalhar bem em equipe, as pessoas naturalmente falarão a seu respeito e das coisas que você faz", diz Schawbel.

2. Faça com que os outros tenham uma boa imagem, especialmente o seu gerente. Esteja sempre ao lado do seu gerente e colegas, sempre disposto a ajudar. "Quando seu gerente for promovido e começar a montar sua nova equipe, ele naturalmente escolherá pessoas que se revelaram leais e com quem ele pode contar para continuar a promover uma boa imagem", sugere o autor.

3. Consiga pessoas que divulguem seu trabalho. "No local de trabalho, um elogio do seu supervisor ou de um colega de trabalho que se destaque tem um peso maior do que se você dissesse a mesma coisa", aconselha Dan.

4. Demonstre estar entusiasmado com o trabalho e o progresso que está fazendo no seu mais recente projeto.

5. Elogie seus colegas de trabalho que estão fazendo coisas excelentes. Dessa forma, os outros também vão querer aclamá-lo quando você for bem sucedido.

O livro de Schawbel está disponível na Amazon.

Originalmente publicado no site www.administradores.com.br


terça-feira, 13 de outubro de 2015

Pesquisa Fecomércio: Pessimismo entre os empresários do comércio gaúcho se mantém há nove meses

Os empresários do comércio gaúcho mantêm a expectativa pessimista em relação à economia
brasileira como um todo. A pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Comércio do Rio Grande do Sul (ICEC-RS), realizada pela Fecomércio-RS, registrou em setembro uma queda de 24,4% em relação ao mesmo período do ano passado, aos 80,9 pontos. Na média de 12 meses, o indicador caiu de 92,5 pontos em agosto/2015 para 90,3 pontos em setembro/2015. Com o resultado, o ICEC permanece nove meses consecutivos com dados negativos.

Os dados evidenciam um agravamento na tendência de redução da confiança dos empresários do comércio em relação ao cenário econômico do Brasil. O pessimismo está disseminado em todos os componentes que dizem respeito às condições atuais e investimentos, mas se mostra mais acentuado quando se refere à percepção dos empresários em relação à economia, especialmente em função da combinação de fatores como inflação alta, aumento de juros, atividade econômica em tendência de queda, resultados negativos das contas públicas e forte depreciação cambial.

Os dados de setembro que medem as condições atuais (ICAEC) e refletem a percepção do empresário quanto ao momento econômico presente, ao setor e à própria empresa registrou em setembro/2015 queda de 43,0% na comparação com o mesmo período de 2014. “É interessante notar que, apesar da percepção extremamente pessimista dos empresários em relação às condições atuais, as expectativas em relação ao futuro persistem no campo otimista”, afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. Segundo o dirigente, o que sustenta esse otimismo é a expectativa do empresariado em relação a sua própria empresa e, em menor medida, ao comércio como um todo.

Os outros componentes desse mesmo indicador – percepção quanto ao comércio e à própria empresa – apresentaram quedas intensas em relação a setembro/2014, com recuo de 39,9% e de 32,0%, respectivamente.

O índice de expectativas quanto ao futuro (IEEC) atingiu 114,6 pontos em setembro, registrando uma redução de 18,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nesse caso, contribuiu fortemente no comportamento do indicador a deterioração das expectativas em relação à economia brasileira, cujo índice caiu de 26,9%, atingindo 91,7 pontos.
No que se refere aos investimentos do empresário do comércio (IIEC), o indicador atingiu 84,5 pontos em setembro/2015, redução de 19,0% na comparação com o mesmo mês de 2014. Em relação a 2014, foram determinantes para a queda do indicador as reduções das perspectivas de contratação de funcionários (-28,2%) e de realização de investimentos (-25,2), que permanece em nível pessimista deste agosto do ano passado.

O indicador de percepção em relação à adequação do nível de estoques, por sua vez, teve recuo de 2,5%, em patamar pessimista. “Permanece em destaque nesta pesquisa o comportamento do índice que contratação de funcionários, que desde o mês de março ingressou, pela primeira vez desde 2011, no patamar pessimista”, destacou Luiz Carlos Bohn, que mantém a previsão de cenário de redução da força de trabalho nos próximos meses.

A análise completa pode ser acessada em: http://links.fecomercio-rs.org.br/ascom/analiseICECset15.pdf

domingo, 11 de outubro de 2015

Dia das Crianças: a importância da mesada

Há muitos artigos defendendo a mesada, como forma de ajudar na educação financeira das crianças. Por ocasião do dia das crianças, recupero o texto do João Kepler do site www.administradores.com.br, que contraria um pouco do que se prega. Ele não dá mesadas aos seus filhos, e trabalha bastante com negociação e meritocracia, algo que também pratico bastante na minha casa. Confira o artigo:

Tenho lido bastante sobre o tema MESADA, mas infelizmente a maioria dos artigos e livros falam deste assunto dando ênfase a importância da mesada e do controle dela na educação financeira dos filhos. Inclusive um artigo sobre uma Tabela bem interessante para calcular Mesada, é um dos artigos mais lidos aqui no Portal Administradores.

Por isso, resolvi mostrar de forma simples o outro lado, o meu lado, o lado prático de quem educa três filhos (15, 13 e 10 anos) SEM dar mesada, desde que nasceram.

O que me motivou a ter feito isso foi prepará-los para a vida e a mostrar como é não ter “nada garantido” mensalmente; Muitos amigos, especialistas e educadores me dizem: “Mas João, o hábito da mesada ensina as crianças coisas interessantes como organização, controle e disciplina”, é verdade, a mesada tem seus lados positivos, mas olhando pelo “outro lado” ou pelo meu lado, passam uma sensação equivocada de segurança, de poder e principalmente, da garantia de ter um fixo garantido todo mês independente de qualquer coisa.

Na prática sempre dei o suficiente para o lanche na escola e abro uma negociação com eles a cada solicitação, necessidade ou pedido especial. Mas não se trata de moeda de troca, de chantagem ou controle demasiado. Se eu tiver condições financeiras eu condiciono a liberação sempre amparado em alguma métrica ou resultado esperado em um prazo combinado; Se não tiver condições, eu digo NÃO e explico claramente a situação, os motivos e os porquês. Nunca escondi deles as oscilações, as emoções da Montanha Russa ou o sobe e desce da Roda Gigante da vida.

Em resumo, fazendo isso, estou promovendo e nutrindo valores como: Conquista, competição, realização, gratidão, respeito, humildade, resiliência, tenacidade, liderança, interdependência e empreendedorismo. Quem conhece meus filhos, sabem que eles carregam e praticam esses valores aqui mencionados.

Os meus filhos Empreendem desde pequenos e ganham o seu dinheiro “extra”, por conta do resultado apenas do esforço individual de cada um, o que de alguma forma, substitui também a mesada. Meu papel neste caso, é ajudar a organizar, controlar e a disciplinar os gastos e investimentos, ou seja, dar noções de responsabilidade, planejamento, o uso consciente do dinheiro e limites, que são ferramentas essenciais para viver em sociedade.

Foi só por causa da falta da MESADA? Não posso afirmar isso, mas a acredito pela minha prática que a Educação Doméstica sem a “proteção tradicional”, que mostre a realidade da vida e que valorize o Capital Intangível, seja a base para transformar as crianças de hoje em adultos mais preparados para enfrentar a vida.

Uma coisa eu tenho convicção, SE meus filhos não conseguirem empregos formais daqui a 5 anos, certamente não estarão na fila dos desempregados, pois estarão bem preparados e fortes psicologicamente para enfrentar a competição no novo mundo, buscarão seus próprios negócios, terão comportamento empreendedor e serão os protagonistas do seus próprios destinos. E óbvio, não será porque eu os “protejo”, por uma suposta herança ou porque eles têm algo garantido!

Antes que me critiquem, quero deixar claro que não sou contra os pais que dão mesada aos seus filhos, apenas estou mostrando meus porquês e que a mesada não é a única ferramenta existente para Educação financeira.

Fonte: João Kepler, do site Administradores

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Conhecer as Próprias Habilidades

Uma recente pesquisa realizada pela ETALENT com apoio da Catho mostrou que 43% dos profissionais brasileiros já conhecem o seu principal talento. De acordo com os dados, 93% acredita que ter o conhecimento das principais habilidades é um fator decisivo para a carreira. Ter noção dos talentos pode gerar duas grandes oportunidades:

1– Autodesenvolvimento: A partir do momento em que se exerce o conhecer próprio, aumentam as chances de identificar os pontos fortes e fracos de cada perfil. A partir daí, os pontos fracos podem ser aperfeiçoados e os fortes aprimorados.

2 – Desenvolver uma carreira: Quando se adquire ciência sobre o talento, se pode não apenas potencializá-lo como também correlacioná-lo com algum cargo, tanto no que desempenha atualmente quanto no desejado. Assim, é possível aproveitar a oportunidade para se desenvolver e alcançar a profissão esperada.

Em 2012, a ETALENT lançou o MyEtalent, uma plataforma completa para autoconhecimento e autodesenvolvimento que auxilia pessoas e empresas em suas jornadas.

“A proposta do MyEtalent é principalmente aproximar as pessoas do exercício do autoconhecimento e autodesenvolvimento, para que elas possam alcançar os seus principais objetivos”, afirma Jorge Matos, presidente da Etalent.

Ainda de acordo com a pesquisa da Etalent/Catho, a crença de que conhecer o seu verdadeiro talento é algo importante para ter sucesso tanto na vida pessoal como na profissional é praticamente unânime.

“Muitas pessoas se dizem infelizes em sua trajetória profissional, mas ao mesmo tempo confessam que não conhecem seu principal talento. Saber sobre seu talento é fundamental para a felicidade na carreira, pois quando o indivíduo sabe qual cargo está mais de acordo com o seu perfil, mas perto ele está do sucesso”, conclui Matos.

Sobre a ETALENT

A ETALENT é uma empresa de tecnologia especializada na gestão da mudança pessoal e na educação do comportamento. Desde 1987 vem desenvolvendo um conjunto de soluções inovadoras para potencializar o talento das pessoas e os resultados de organizações de pequeno, médio e grande porte. A empresa conta com uma equipe de 60 colaboradores e um universo de 2 mil clientes, dentre eles Petrobrás, Magazine Luiza, Coca-Cola, Vivo, Oi, Embratel e Rede Globo. Ao longo dos últimos anos, a ETALENT se consolidou como uma das líderes no desenvolvimento de projetos de atração, educação, gestão e manutenção de pessoas.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Planejamento e Comunicação em tempos de recessão

Não deixe o dia-a-dia engolir você, principalmente neste momento de crise. Atividades operacionais
são importantes, pois garantem o resultado no final do dia. Mas quando dedicamos 100% de nossos dias a atividades operacionais, estamos deixando escapar oportunidades e, pior, deixamos de ver as ameaças que começam a tomar vulto logo à frente.

Muitas empresas se encontram em meio a uma violenta competição baseada apenas em preço, ou seja, só conseguem vender aviltando seu preço cada vez mais. Se olharmos apenas o operacional, o dia-a-dia, a ação mais imediata vai ser reduzir custos, reduzir preço, reduzir pessoal, reduzir, reduzir e reduzir, até o ponto em que a própria produção se torna inviável.

Parar, respirar, olhar ao redor, analisar e planejar pode mostrar que modificações no produto ou ações de inovação permitirão restabelecer a lucratividade anterior. Mas, para fazer isso, é importante conhecer o cenário todo, suas forças e fraquezas, as virtudes e defeitos dos concorrentes e, finalmente, as oportunidades de crescimento e ganho.

Mas um ótimo planejamento de marketing é apenas o ponto de partida. Além de aspectos importantes relativos à produção ou prestação de serviço, você vai precisar informar o mercado sobre suas atividades através de técnicas de comunicação inovadoras, que não representem riscos ao seu orçamento.

Planejar e comunicar são ainda partes de uma equação maior que leva ao sucesso, pois você precisará ter uma estrutura tecnológica simples, prática, eficiente, que permita colher os resultados que você está articulando através de um bom plano de marketing e de uma comunicação mais efetiva.

Como você vê, o sucesso se sustenta em diferentes iniciativas que estão ao alcance até mesmo de pequenas e médias empresas, desde que articuladas em conjunto e com inteligência. Saiba que não é pecado nenhum se sua empresa não detém esse conhecimento, pois esse é um aprendizado que pode ser conseguido no mercado. E, nesse sentido, o primeiro passo a dar é reconhecer que precisamos de ajuda e buscar esse apoio.

Menos guerra de preço, mais diferenciação.

Você não diferencia sua empresa fazendo exatamente o mesmo que seus concorrentes. Quer diferenciar seu negócio e sair da guerra de preço? Pense de modo diferente e para de fazer as mesmas coisas. Há três pilares importantes para diferenciar seu negócio: planejamento estratégico de marketing, comunicação e tecnologia.

O ponto de partida para o planejamento estratégico de marketing é o autoconhecimento empresarial. Você precisa conhecer seu mercado, seus clientes, as forças e fraquezas de seu negócio, bem como o potencial de produtos e serviços em operação ou ainda em gestação.

Concluída essa etapa, você precisa definir as tecnologias de informação e comunicação que podem ajudar sua empresa a implementar o planejamento estratégico com sucesso, avaliando, inclusive, aspectos como a terceirização da área de TI em função da constante dinâmica de mudança desse segmento.

Por fim, você precisará planejar a comunicação com seus públicos de interesse, lembrando-se de que comunicação não é apenas site, folders, anúncios ou catálogos, mas também interagir com seus clientes através das redes sociais, ouvindo-os, relacionando-se e usando os inputs dos clientes para melhorar produtos e serviços.

Bons negócios.

Publicado originalmente em https://www.mundodomarketing.com.br/blogs/marketing-para-pme/34530/planejamento-e-comunicacao-em-tempos-de-recessao.html

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Case de Sucesso: Rock in Rio

Antes mesmo do Rock in Rio 2015 começar, a organização do evento e a Prefeitura já haviam
garantido as próximas duas edições - 2017 e 2019. No último dia do evento, o presidente Roberto Medina, acompanhado da vice-presidente, Roberta Medina, anunciaram, em coletiva de imprensa realizada na área VIP da Cidade do Rock, os patrocinadores já confirmados para 2017: Itaú, Ipiranga, Rede Globo e Multishow.

"Ao longo desses nossos 30 anos de história, o Rock in Rio ganhou o mundo e conquistou as pessoas. Crescemos, nos internacionalizamos e somos reconhecidos como o maior evento de música e entretenimento do mundo. Nos consolidamos como um espaço de alegria e como uma megaplataforma de relacionamento com o consumidor, gerando oportunidades de negócios e exposição de marcas. Os patrocinadores são essenciais para viabilizar o Rock in Rio na qualidade de entrega de infraestrutura e de serviços, da grande variedade de atrações e do line-up com tantas estrelas de peso nacional e internacional por causa do investimento das marcas que, no evento, se materializam não como vendedoras de produtos, mas como entretenimento, enriquecendo a experiência do consumidor", detalha Roberto Medina.

"Estamos muito felizes com a renovação de mais uma edição da parceria Itaú-Rock in Rio para 2017. Além de ser uma marca mundialmente admirada, o festival tem se mostrado uma plataforma espetacular de ativação para a marca Itaú. Estamos prontos para mais uma edição de experiências únicas e exclusivas para clientes e fãs do Itaú", afirma Andrea Pinotti, do Itaú.

Nas 16 edições do Rock in Rio já realizadas, no Brasil, Lisboa, Espanha e Estados Unidos, o festival já contabiliza mais de 8,2 milhões de pessoas de público. Em 2015, ano em que o evento completou 30 anos, o Rock in Rio chegou aos Estado Unidos, o maior mercado do showbizz mundial, o consagrando, definitivamente, como o maior evento de música e entretenimento do mundo.

Nesta edição, a sexta no Brasil, realizada entre 18 e 20 e 24 e 27 de setembro, na Cidade do Rock, o público aproveitou 91 horas de festa durante os sete dias de festival, com apresentações de grandes artistas nacionais e internacionais no Palco Mundo, encontros especiais no Palco Sunset, arte, cultura e música na Rock Street, que nesta edição foi dedicada ao Brasil, DJ’s consagrados na Eletrônica e apresentações de dança urbana no Palco Street Dance. Além de todos os shows, o ingresso dava direito ainda à utilização dos brinquedos montados no local: montanha-russa, roda gigante, tirolesa e x-treme e a inúmeras experiências proporcionadas pelas marcas presentes.

Leilão de guitarras - mais de 110 mil arvores serão plantadas

Desde o dia 3 de setembro, Rock in Rio, a Conservação Internacional e o Instituto E, associação voltada para o desenvolvimento sustentável, promovem um leilão de guitarras autografadas por artistas nacionais e internacionais que já compuseram o line-up do festival. Até agora, o dinheiro arrecadado garante o plantio demais 110 mil árvores nas margens do Rio Guandu. "Todo dinheiro arrecadado no leilão será revertido para ampliar a quantidade de mudas plantadas. Nomes como Rod Stewart, Queen, Metallica, A-Ha, Katy Perry e System of a Down são alguns dos mais de 30 artistas que doaram guitarras assinadas e Elton John assinará um teclado para a causa", explica Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio.

Após ter fechado parceria com o Rock in Rio e o Instituto E, associação voltada para o desenvolvimento sustentável, a Conservação Internacional (CI-Brasil), organização ambiental responsável pelo projeto de restauração florestal da região, conquistou outros aliados de peso. As empresas Taco e Submarino, o Governo Estadual, por meio da Secretaria do Ambiente (SEA) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Prefeitura do Rio e a organização Onda Verde também se juntaram à iniciativa para angariar mais recursos para o Guandu.

Sobre o Rock in Rio 

Com 30 anos de história, o Rock in Rio é o maior evento de música e entretenimento do mundo por uma série de razões. Das quinze edições anteriores, cinco ocorreram no Brasil (1985, 1991, 2001, 2011, 2013 e 2015), seis em Portugal (2004, 2006, 2008, 2010, 2012 e 2014), três na Espanha (2008, 2010 e 2012) e uma nos Estados Unidos (2015).

Combinando todas as edições já realizadas, mais de 8,2 milhões de pessoas já participaram do evento. Outro número que não para de crescer é o das redes sociais, nas quais o Rock in Rio está quebrando recordes com mais de 11 milhões de seguidores. Em termos de atrações, somando-se as edições brasileiras, portuguesas, espanholas e americana, mais de 1.359 atrações musicais se apresentaram nos palcos do Rock in Rio, com um total de 1.200 horas de música, com transmissão para mais de 1 bilhão de telespectadores em todo o mundo, pela TV e Internet.

Ao longo dos anos, mais de US$ 530 milhões foram investidos na marca. Além disso, mais de US$ 23,2 milhões foram investidos em projetos sociais e ambientais. Mais do que os índices de audiência e de investimentos significativos, o Rock in Rio tem ajudado na economia dos lugares visitados: mais de 148 mil postos de trabalho foram gerados ao longo dos últimos 29 anos. Na Espanha, o festival é top of mind, superando a concorrência da Fórmula 1. Na edição de 2013, 46% da plateia do Rock in Rio era de fora do estado do Rio de Janeiro. O impacto econômico da edição de 2013 na cidade, publicado pela Riotur, foi de R$ 1 bilhão, e as taxas de ocupação de hotéis eram de cerca de 90% no período.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Coaching, Mentoring, Counseling - quais as diferenças?

Muitos se perguntam quais as diferenças entre o coaching e as suas ramificações. Há atividades bem semelhantes, por muitas vezes com os mesmos objetivos, mas que são indicados para casos diferentes. O mentoring e o counseling são os mais conhecidos, mas há ainda a consultoria e a terapia, adequadas também para determinadas oportunidades. Separei este artigo do coach
Carlos Alberto Alves e Silva que ajuda discernir bem essas modalidades. Aproveite:

Coaching é a atividade exercida por um profissional certificado (coach) que utiliza de técnicas, ferramentas e metodologia de forma contundente para apoiar seu cliente (coachee) a atingir resultados, metas ou tomada de decisão. O coaching pode ser utilizado para estabelecer estratégias e alcançar resultados na vida pessoal (saúde, lazer, relacionamentos e espiritualidade) ou profissional (desenvolvimento da carreira, finanças, competências, etc). Quando o coaching é contratado diretamente por seu cliente, a atividade acontece no âmbito do Life & Professional Coaching; quando contratado pela empresa para desenvolvimento de competências de seus executivos, é chamado de Executive Coaching.

Mentoring ou mentoria é a atividade exercida por um profissional experiente, que usa seus conhecimentos e vivências em uma determinada área para partilhar experiências com seu protegido ou mentorando. O mentor pode ajudar um profissional em começo de carreira a lidar, por exemplo, com situações difíceis e de estresse, compartilhando experiências sobre situações passadas já vividos pelo mentor e agora enfrentadas pelo protegido ou mentorando. O mentor tem sempre muita experiência na área de seu mentorando.

Counseling ou Aconselhamento é uma atividade pontual exercida por um conselheiro contratado para ajudar a mapear uma situação ou problema para que quem precisa tomar uma decisão importante e impactante na vida pessoal e profissional.

Consultoria é o processo através do qual um especialista é contratado para avaliar, diagnosticar, obter informações e orientar seu cliente em uma determinada área de expertise. Consultores atuam desde a constituição de uma empresa, desenvolvimento de plano de negócio, estratégia, negociação, gestão de pessoal até avaliação econômico-contábil-financeira, vendas, fusão e aquisição. Além da atuação no mundo corporativo, temos visto consultores pessoais atuando também em aspectos da vida privada, tais como na organização pessoal, estilo, boas maneiras, etc.

Terapia visa a ajudar a superar questões de ordem física, psíquica e emocional que impedem o sujeito de amar, trabalhar e se relacionar. A dificuldade de uma vida fruída pode não ser resultado de algo aparente e fácil de diagnosticar, exigindo cuidados especiais independente da orientação e arcabouço teórico seguido. Muitas questões subjetivas e inconscientes impedem pessoas de se expressarem, conviverem com a diversidade, serem tolerantes a frustrações impossibilitando a qualquer um de nós utilizar nossas potencialidades no exercício de atividades e profissão; consequentemente dificultam nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Algumas patologias sérias podem também nos acometer ao longo de nossa vida pessoal e profissional fazendo-nos interromper ou suspender nossa vida pessoal e/ou profissional temporariamente ou por um longo tempo. Na área da saúde mental encontramos uma pluralidade de terapias e psicoterapias: Psicanálise, Terapia Cognitivo-Comportamental, Psicologia Analítica Junguiana, Terapias bio-energéticas, arte-terapia, terapia ocupacional, entre outras.

Fonte: Carlos Alberto Alves e Silva

Carlos é psicanalista e coach. MBA em Gestão Internacional pela Thunderbird – The American School of Global Management, Arizona – EUA, pós-graduado em Administração (FEA/USP) e Marketing (ESPM) e graduado em economia e psicologia. Atuou por 30 anos no mercado financeiro, em posições executivas nos bancos Deutsche Bank (Diretor), The Bank of New York Mellon, JPMorgan Chase, ABN AMRO Bank, Bank Boston, e experiência em Vendas, Marketing, Planejamento Estratégico e Desenvolvimento de Novos Negócios no Brasil e América Latina.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Onde começa o Turn Over?

Interessante esta reflexão: grande número das demissões nas empresas está ligado a falhas no método de recrutamento e seleção de funcionários, e não necessariamente na necessidade no corte na hora da crise. Obviamente que os tempos atuais estão levando muitas organizações a reduzirem custos e cortarem pessoal, mas quando você precisa trocar pessoas, é porque a raiz pode ser realmente a falta ou a falha na hora da contratação. Vejam esse report do grupo CAPC:
.
Demissões em massa dentro das corporações já estão ficando comuns nos dias de hoje. Com a justificativa pronta da crise econômica, um dos motivos mais apontados é redução do quadro de funcionários da empresa para retenção de custos. Contudo, o presidente do Grupo CAPC, Cesar Pancinha, que possui um núcleo focado para recrutamento e seleção explica que o erro muitas vezes está no momento da contratação do funcionário.

Segundo Cesar, cada vez aumenta mais a rotatividade de pessoal, ou seja, trocas de colaboradores em determinado período de tempo: “O turnover começa na contratação, é ali o ponto de partida, se a empresa não contratar o profissional alinhado com as suas diretrizes, com os seus princípios e valores, essa renovação de pessoal não vai parar”. O presidente afirma ainda que essa rotação de profissionais acaba saindo caro para as empresas, fazendo das demissões um dos grandes problemas do mercado.

De acordo com Pancinha, a falha não está somente na escolha do profissional errado, ele afirma que os métodos de recrutamento e seleção geralmente são feitos de modo mais econômico, uma indicação, um anúncio no jornal, um informativo na vitrine, entre outras formas. Contudo, o presidente alerta que o barato acaba saindo caro: “Existem técnicas muito valiosas que devem ser aplicadas na hora da contratação de um profissional, e isso tem que ser feito por pessoas competentes, que saibam identificar se o profissional tem o perfil da vaga e da empresa, reduzindo assim o número de demissões e admissões” - explica.

O presidente explica que após a contratação do profissional adequado, o desafio é conseguir reter o talento e a empresa também deve oferecer um ambiente adequado de trabalho ao novo funcionário “a empresa tem que ser atrativa, ter plano de carreira, investir no seu profissional, os profissionais de hoje querem ter mais liberdade para exporem suas ideias e opiniões”. Cesar afirma ainda que as empresas precisam se preparar mais para essa realidade, onde os colaboradores também desejam contribuir para o planejamento da empresa, ajudar nas definições de metas e sentirem-se realmente parte do time, com boas perspectivas no futuro.

Fonte: Grupo CAPC

O Grupo CAPC é uma holding brasileira especializada há 25 anos em gerar conhecimento e resultados satisfatórios ao mercado corporativo. Tem como princípio a Inteligência de Gestão para o desenvolvimento de metas. Implementa programas de Planejamento Estratégico, Recursos Humanos, Produtividade, Marketing e Vendas nas empresas que atende. Ainda, utiliza e aplica conhecimentos de Neuromaketing. Em 2010, ingressou no mercado internacional com atendimentos em Portugal e países do Mercosul. Entre os clientes estão TW, Copagra , Brasília Guaíba, Sicredi, Sesc, Senac. Ainda, uma diversidade de empresários e executivos foi atendida pelos programas de coaching da empresa.