sexta-feira, 30 de outubro de 2015

História: Inflação no Brasil

Para muitos estudantes que hoje ingressam nos ensinos fundamental e médio, a discussão sobre a questão inflacionária no Brasil parece um tema distante ou, até mesmo, estranho. Entretanto, a economia do nosso país, ao adentrar os ditames do capitalismo industrial e financeiro, passou a conviver com as contradições de um país economicamente dependente que deveria encontrar soluções para valorizar sua moeda e desenvolver sua economia.

No entanto, promover esse desenvolvimento exigia dos nossos governos a contração de empréstimos a serem empregados na contratação de funcionários e no financiamento de obras que, muitas vezes, acabavam deixando nosso país completamente endividado. Uma solução usual adotada pelo Estado para sanar este problema era fabricar o dinheiro necessário para que tivesse condições de honrar uma considerável parte de seus compromissos financeiros.

A solução parecia ser prática e viável, mas, infelizmente, a circulação de papel-moeda em uma economia que não tem riquezas correspondentes àquele total de dinheiro disponível acaba desvalorizando a moeda. Conseqüentemente, o preço das mercadorias sobe e os trabalhadores – que tem sua renda fixada em uma determinada faixa salarial – têm o seu poder de compra reduzido, o que acaba aumentando o já tão penoso custo de vida.

Até aqui, podemos perceber que um dos fatores responsáveis pela crise inflacionária está intimamente ligado à contração de dívidas. No Brasil essa contração de dívidas tem longa data e veio se desenhando desde o período colonial, quando diversos exploradores requeriam da Coroa Portuguesa empréstimos para financiar suas atividades. Passando para a monarquia, temos o governo de Dom Pedro I inaugurado por uma dívida de dois milhões de libras esterlinas, usadas na “compra” efetiva de nossa independência.

No período republicano a questão inflacionária ganhou uma importância ainda maior, tendo em vista as novas condições da economia mundial. O Brasil, em pleno auge de desenvolvimento do capitalismo industrial, se via diante o dilema de preservar o traço agro-exportador da economia nacional ou promover a modernização da economia. No primeiro governo republicano surgiu a figura de um proeminente intelectual chamado Rui Barbosa, que ocupou o cargo de Ministro da Fazenda.

Em sua gestão, Rui Barbosa procurou modernizar a economia nacional permitindo que os bancos fabricassem papel-moeda e facilitando a contração de empréstimos para a criação de empresas. A medida, apesar de bem intencionada, gerou uma enorme crise especulativa que promoveu uma onda de empréstimos seguida pela injeção massiva de papel-moeda na economia. Com isso, o país não conseguiu remodelar sua política de desenvolvimento econômico e, ainda por cima, causou uma grande crise inflacionária.

Apesar desse episódio de dimensões trágicas, nas primeiras décadas do século XX, o Brasil teve uma considerável reação econômica causada pela crise do mercado europeu. A partir de 1914, o Velho Continente tornou-se palco de uma série de conflitos civis e grandes guerras que desestabilizaram sua própria economia. Nesse momento, o Brasil, tão dependente dos produtos industrializados europeus, iniciou a arrancada de sua indústria e a diversificação de sua economia.

Esse primeiro fôlego dado à economia gerou uma contenção do problema inflacionário no Brasil. Contudo, o país inaugurava sua industrialização em um momento que diversas potências industriais já estavam plenamente consolidadas no mercado internacional. Por isso, o país necessitava de contrair empréstimos para que fosse possível tornar nossa economia consideravelmente competitiva em relação aos seus concorrentes comerciais.

Nos governos de Vargas e JK, o dilema do desenvolvimento foi sensivelmente marcado entre a opção de proteger a economia e promover um desenvolvimento autônomo e gradual, ou permitir que investidores estrangeiros pudessem injetar seus recursos para que o país pudesse recuperar os anos de atraso da economia. Ambas as opções requeriam projetos econômicos muito bem elaborados que, apesar de demandarem de empréstimos, deveriam ter o cuidado de não desvalorizar a moeda nacional.

Todavia, as oscilações do mercado internacional, a corrupção política e nosso atraso econômico acabavam possibilitando a deflagração de diversos processos inflacionários. No governo militar, principalmente entre os anos de 1969 e 1973, a economia experimentou uma onda de crescimento propiciado pelo chamado “milagre econômico”. Esse teve curto período de vida, principalmente em razão da crise que se abateu sobre a economia mundial e o modelo de desenvolvimento artificial gerado do tal “milagre”.

Na década de 1980, o problema da recessão econômica acabou transformando a inflação em um companheiro presente na mesa de todos os brasileiros. A desvalorização da moeda chegou a tal ponto que os produtos do supermercado, por exemplo, eram reajustados mais de uma vez ao dia. Nessa mesma época, a criação de diferentes moedas era tentada para se conter o caos da inflação e diversos planos econômicos tentavam dar uma solução definitiva para a questão.

No ano de 1994, o “Plano Real” propôs um projeto de reestruturação da economia nacional baseado em uma nova moeda que levava o mesmo nome do plano. A partir de então, os níveis inflacionários de nossa economia, excetuado alguns momentos de crise momentânea, passaram a alcançar níveis suportáveis ao desenvolvimento e o custo de vida de uma considerável parcela dos trabalhadores. Desde então, a economia nacional deu sinas de amadurecimento, a inflação se transformou em uma fera domável e o Brasil hoje busca a condição de “nação emergente”.
Histórico realizado por Rainer Sousa, Graduado em História - Equipe Brasil Escola

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Entenda o que a baixa auto estima pode fazer com você

Baixa autoestima é muito mais do que insatisfação com você mesmo. É na verdade um sentimento
mais profundo que vai além de não estar bem com seu peso ou sua imagem em algum momento.
BuzzFeed Brasil entrevistou o psiquiatra Fernando Fernandes, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP que afirmou que “a baixa autoestima é um sentimento de menos valia” e que está sempre associada ao sentimento de insegurança. “Quem sofre de baixa autoestima tende a interpretar fatos e sinais de uma maneira ruim e tem uma visão extremamente negativa de si mesmo o tempo todo”, diz.

Baixa autoestima não é uma doença e sim um sentimento, por isso não existe um diagnóstico específico.

Existem indícios de que uma pessoa sofra de baixa autoestima e é muito importante que se fique atento a eles. “É possível identificar por algumas características como atitudes autodepreciativas, comportamentos inseguros, ações que denotem insegurança, principalmente nos relacionamentos interpessoais”, afirma Fernando.

Resumindo, a pessoa que sofre de baixa autoestima dá sinais disso, principalmente quando se vê em meio a outras pessoas, como em um relacionamento afetivo ou trabalho.

A baixa autoestima se torna um problema quando impede qualquer pessoa de fazer algo.

O sentimento passa a ser um problema quando o indivíduo deixar de sair, socializar, namorar e até trabalhar. Para Roberto Rosas Fernandes, da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica, a questão da baixa autoestima é muito mais importante do que as pessoas pensam.

“Em geral usam o termo para falar sobre mudanças físicas, como alterações de peso ou um corte de cabelo”, como se a autoestima fosse uma questão apenas externa. “Mas a pessoa que sofre de baixa autoestima se sente insegura em embarcar em projetos emocionais e profissionais, se tornando incapaz de se lançar para vida”, diz Roberto, em entrevista ao BuzzFeed Brasil.
Segundo ele, evitar ir a uma festa ou não conseguir se aproximar de alguém que te interessa são problemas recorrentes na vida de quem sofre com a baixa autoestima.

Problemas de baixa autoestima podem começar já na infância.

Isso é estudado pela Psicologia do Narcisismo, a área que observa a autoestima, e que conta com diversos estudos. “Alguns deles apontam que uma criança que foi ouvida, teve exemplos positivos e contou com pais que foram empáticos e que entenderam as necessidades dessa criança, provavelmente não se tornou um adulto com questões de baixa autoestima, ou como chamamos, feridas narcísicas”, diz Roberto.

Essa é uma das possibilidades de origem de problemas de baixa autoestima e pode ser resolvida em acompanhamento com psicólogos e psicanalistas.

A baixa autoestima também pode surgir na adolescência e até na vida adulta por conta de padrões inalcançáveis de vida.

Segundo a professora do Instituto de Psicologia da USP, Leila Tardivo, “a autoestima é sim algo que se constrói desde cedo, porém não se pode culpar apenas os pais”. “Durante a adolescência é muito característica a necessidade de pertencimento e na vida adulta também temos que entender que não adianta você tentar seguir padrões estéticos e sociais inalcançáveis”, diz Leila, em entrevista ao BuzzFeed Brasil.

Como um bola de neve de problemas, ela pode virar um quadro de depressão.

Nem todo mundo que sofre de baixa autoestima tem depressão, porém ela pode ser um dos componentes da doença e deve ser observada independente de qual seja o caso.

“As pessoas confundem baixa autoestima com um sentimento de insatisfação. Quando esse descontentamento não está associado a uma coisa específica, como um nariz que incomoda, ou um pequeno sobrepeso, passa a ser um problema grave e pode ser sinal de um quadro depressivo”, diz Fernando.

Leila completa afirmando que “é possível entender a baixa autoestima como um sintoma de depressão quando a pessoa se sente constantemente derrotada, infeliz, e insatisfeita. Esses sentimentos vão piorando a situação porque favorecem ainda mais o fracasso individual”.
Nestes casos, os três profissionais ouvidos pelo BuzzFeed Brasil indicam a busca de auxílio profissional como psicólogos e psiquiatras.

O primeiro passo para melhorar a autoestima é buscar o autoconhecimento.

“Todo investimento que a pessoa fizer em si é muito importante. O indivíduo pode criar sua própria autoestima através de investimentos como o cuidado com corpo, com a alimentação, investimento em educação e bons trabalhos”, aponta Roberto.
É preciso lembrar porém que a baixa autoestima é também uma questão interna. “Não é só uma questão de aparência. Se mudanças como peso e maquiagem ajudarem você a se organizar internamente, ótimo, do contrário só as transformações físicas não vão ajudar”, diz Leila.

Pequenas metas são ideias para melhorar a autoestima.

“Estabelecendo pequenas metas a pessoa passa a desenvolver segurança a medida que consegue ver o desenvolvimento delas. Se por exemplo alguém quer fazer exercícios físicos, pode começar andando uma quadra, na semana seguinte duas, depois de alguns meses começar a correr e assim vai. Cumprir pequenas metas vai gerando um ciclo virtuoso”, afirma Fernando.

Não tem problema se afastar de quem não está te ajudando (ou te puxa para baixo).

Fernando diz ainda que “se cercar de pessoas positivas que veem o lado bom das situações e da sua personalidade é essencial para a melhora da autoestima. E não tem problema bloquear quem te deprecia, que te coloca pra baixo”. E o mesmo vale para ambientes. “Isso não quer dizer ficar recluso, mas sim escolher quem ajuda e não quem critica”, diz.

Caso você conheça alguém que aparenta sofrer de baixa autoestima, seja companheiro e compreensivo.

Leila diz que “não adianta ficar apontando as falhas e defeitos em quem tem baixa autoestima”. Roberto complementa que “um bom vínculo, seja namoro, casamento ou amizade, é essencial para promover o ser humano, portanto é interessante que quem sofra de baixa autoestima tenha suporte de quem está próximo”.

Fernando indica que esse suporte pode ser feito por meio de conselhos e convites. “Se você percebe que um amigo sofre de baixa auto-estima, convide ele para fazer atividades. Se ele quer emagrecer, proponha caminhadas divertidas, se ele quer ganhar mais conhecimento, proponha cursos”, diz. Não pressione, vá junto e dê apoio de forma objetiva. “As pessoas precisam de um estímulo amigo e de um exemplo, muito mais do que falar, é legal ir junto!”, diz Fernando.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Cinco grandes tendências do Marketing Digital

Uma pesquisa realizada pelo IAB Brasil, com a colaboração das principais empresas que compõem o
mercado digital, concluiu que a publicidade online no país deverá crescer 14% e o marketing digital movimentará cerca de R$ 9,5 bilhões este ano.

O que podemos perceber é que mesmo com a economia em crise, com falta de investimento e receita, esse crescimento fortalece ainda mais as empresas pioneiras do setor. Por outro lado, aquelas que ainda buscam investir nessa área acabam enfrentando dificuldades em encontrar o melhor caminho para ter sucesso. Pensando nisso, elaborei esse artigo com cinco tendências do marketing digital que irão fazer com que seu negócio decole:

Humanização do branding: com a ascensão das mídias sociais, as empresas irão perceber que seus clientes desejam interagir com outras pessoas e não com marcas ou empresas. Portanto, aquelas que investirem na humanização de seu atendimento, tendem a desfrutar de maiores taxas de conversão, fidelização, rápido crescimento da audiência e a garantia de clientes mais satisfeitos.

Inbound Marketing: a cada ano esse conceito se torna cada vez mais significativo para as empresas que atuam no segmento online. Este ano, em especial, a tendência é investir ainda mais no inbound marketing pois é uma vertente que permite a personalização, posicionamento e fidelização de forma eficaz. Os blogs corporativos, por exemplo, tendem a elevar sua produção de conteúdo, buscando ser representativos em relação à necessidade de seus consumidores e o reflexo de seus concorrentes.

Links patrocinados: apesar do aumento do inbound e da execução de SEO para o tráfego orgânico, a publicidade paga continuará tendo grande atuação no marketing digital. Os links patrocinados servirão cada vez mais como suporte para a divulgação dos conteúdos publicados nas plataformas, tendo menos expressão como formas principais, mas grande significado quando aplicados paralelos ao marketing de conteúdo.

Vídeos online: considerado uma grande tendência nesses últimos anos, utilizar os vídeos online pode ser uma das melhores estratégias para ter resultados de conversão. Segundo pesquisa da Accenture, o Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de visualizações em plataformas de vídeos, com mais de 11 bilhões de views mensais e cerca de 96% de usuários na web que consomem conteúdo em vídeo.

E-mail Marketing: é uma das formas mais tradicionais e eficazes de marketing online. Pesquisa feita pela Forrester Research afirma que usuários que compram produtos por e-mail, gastam 138% a mais do que as pessoas que não recebem esse tipo de oferta. O e-mail marketing é uma das grandes tendências de investimento em formação de listas, construção de páginas e produção de iscas, garantindo altas taxas de conversão de vendas, leads e propects.

Essas foram apenas algumas dicas de como aproveitar as principais tendências do marketing digital de forma eficiente para gerar engajamento e, consequentemente, aumentar a identidade da sua marca. Procure investir e aplicar essas estratégias em seu negócio e aumentar a conversão de vendas.

Artigo de Eric Hayashi, Head of Marketing da SambaAds, empresa focada em publicidade e na disseminação de conteúdo em vídeos online.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Todo profissional precisa vender seu peixe. Mas com limite!

Em um cenário de constantes mudanças no mercado de trabalho, adquirir visibilidade e,
consequentemente, uma oportunidade não é tarefa fácil. Muitos profissionais se acomodam em suas tarefas e esquecem que para serem vistos e lembrados pelos seus chefes é preciso ousar e se utilizar da autopromoção. Mas até onde essa prática pode chegar sem se tornar irritante?

Para Dan Schawbel, colunista das revistas Forbes e Time e autor do livro "Promova-se", existe uma clara distinção entre autopromoção e fanfarronice no ambiente de trabalho. "Autopromoção significa fazer estrategicamente com que as pessoas saibam o que você pode fazer, quais são suas habilidades e o que você já realizou - de uma maneira que mantenha o foco no modo como tudo isso favorece sua equipe e sua empresa. Já a fanfarronice é quando você se vangloria e diz respeito ao que é interno: você, você, você - como você é magnífico e como você é melhor do que todo mundo", explica.

Para você não se tornar apenas mais uma pessoa irritante dentro da empresa, separamos algumas dicas de Schawbel para realizar sua autopromoção e não parecer um idiota enquanto isso. Confira:

1. Faça com que as pessoas entendam que vale a pena falar ao seu respeito. Para isso, execute seu trabalho com precisão e se torne conhecido por uma coisa ou área em específico. "Se você for especialista em alguma coisa e executar um trabalho de alta qualidade, se você se der bem com os outros e trabalhar bem em equipe, as pessoas naturalmente falarão a seu respeito e das coisas que você faz", diz Schawbel.

2. Faça com que os outros tenham uma boa imagem, especialmente o seu gerente. Esteja sempre ao lado do seu gerente e colegas, sempre disposto a ajudar. "Quando seu gerente for promovido e começar a montar sua nova equipe, ele naturalmente escolherá pessoas que se revelaram leais e com quem ele pode contar para continuar a promover uma boa imagem", sugere o autor.

3. Consiga pessoas que divulguem seu trabalho. "No local de trabalho, um elogio do seu supervisor ou de um colega de trabalho que se destaque tem um peso maior do que se você dissesse a mesma coisa", aconselha Dan.

4. Demonstre estar entusiasmado com o trabalho e o progresso que está fazendo no seu mais recente projeto.

5. Elogie seus colegas de trabalho que estão fazendo coisas excelentes. Dessa forma, os outros também vão querer aclamá-lo quando você for bem sucedido.

O livro de Schawbel está disponível na Amazon.

Originalmente publicado no site www.administradores.com.br


terça-feira, 13 de outubro de 2015

Pesquisa Fecomércio: Pessimismo entre os empresários do comércio gaúcho se mantém há nove meses

Os empresários do comércio gaúcho mantêm a expectativa pessimista em relação à economia
brasileira como um todo. A pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Comércio do Rio Grande do Sul (ICEC-RS), realizada pela Fecomércio-RS, registrou em setembro uma queda de 24,4% em relação ao mesmo período do ano passado, aos 80,9 pontos. Na média de 12 meses, o indicador caiu de 92,5 pontos em agosto/2015 para 90,3 pontos em setembro/2015. Com o resultado, o ICEC permanece nove meses consecutivos com dados negativos.

Os dados evidenciam um agravamento na tendência de redução da confiança dos empresários do comércio em relação ao cenário econômico do Brasil. O pessimismo está disseminado em todos os componentes que dizem respeito às condições atuais e investimentos, mas se mostra mais acentuado quando se refere à percepção dos empresários em relação à economia, especialmente em função da combinação de fatores como inflação alta, aumento de juros, atividade econômica em tendência de queda, resultados negativos das contas públicas e forte depreciação cambial.

Os dados de setembro que medem as condições atuais (ICAEC) e refletem a percepção do empresário quanto ao momento econômico presente, ao setor e à própria empresa registrou em setembro/2015 queda de 43,0% na comparação com o mesmo período de 2014. “É interessante notar que, apesar da percepção extremamente pessimista dos empresários em relação às condições atuais, as expectativas em relação ao futuro persistem no campo otimista”, afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. Segundo o dirigente, o que sustenta esse otimismo é a expectativa do empresariado em relação a sua própria empresa e, em menor medida, ao comércio como um todo.

Os outros componentes desse mesmo indicador – percepção quanto ao comércio e à própria empresa – apresentaram quedas intensas em relação a setembro/2014, com recuo de 39,9% e de 32,0%, respectivamente.

O índice de expectativas quanto ao futuro (IEEC) atingiu 114,6 pontos em setembro, registrando uma redução de 18,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nesse caso, contribuiu fortemente no comportamento do indicador a deterioração das expectativas em relação à economia brasileira, cujo índice caiu de 26,9%, atingindo 91,7 pontos.
No que se refere aos investimentos do empresário do comércio (IIEC), o indicador atingiu 84,5 pontos em setembro/2015, redução de 19,0% na comparação com o mesmo mês de 2014. Em relação a 2014, foram determinantes para a queda do indicador as reduções das perspectivas de contratação de funcionários (-28,2%) e de realização de investimentos (-25,2), que permanece em nível pessimista deste agosto do ano passado.

O indicador de percepção em relação à adequação do nível de estoques, por sua vez, teve recuo de 2,5%, em patamar pessimista. “Permanece em destaque nesta pesquisa o comportamento do índice que contratação de funcionários, que desde o mês de março ingressou, pela primeira vez desde 2011, no patamar pessimista”, destacou Luiz Carlos Bohn, que mantém a previsão de cenário de redução da força de trabalho nos próximos meses.

A análise completa pode ser acessada em: http://links.fecomercio-rs.org.br/ascom/analiseICECset15.pdf

domingo, 11 de outubro de 2015

Dia das Crianças: a importância da mesada

Há muitos artigos defendendo a mesada, como forma de ajudar na educação financeira das crianças. Por ocasião do dia das crianças, recupero o texto do João Kepler do site www.administradores.com.br, que contraria um pouco do que se prega. Ele não dá mesadas aos seus filhos, e trabalha bastante com negociação e meritocracia, algo que também pratico bastante na minha casa. Confira o artigo:

Tenho lido bastante sobre o tema MESADA, mas infelizmente a maioria dos artigos e livros falam deste assunto dando ênfase a importância da mesada e do controle dela na educação financeira dos filhos. Inclusive um artigo sobre uma Tabela bem interessante para calcular Mesada, é um dos artigos mais lidos aqui no Portal Administradores.

Por isso, resolvi mostrar de forma simples o outro lado, o meu lado, o lado prático de quem educa três filhos (15, 13 e 10 anos) SEM dar mesada, desde que nasceram.

O que me motivou a ter feito isso foi prepará-los para a vida e a mostrar como é não ter “nada garantido” mensalmente; Muitos amigos, especialistas e educadores me dizem: “Mas João, o hábito da mesada ensina as crianças coisas interessantes como organização, controle e disciplina”, é verdade, a mesada tem seus lados positivos, mas olhando pelo “outro lado” ou pelo meu lado, passam uma sensação equivocada de segurança, de poder e principalmente, da garantia de ter um fixo garantido todo mês independente de qualquer coisa.

Na prática sempre dei o suficiente para o lanche na escola e abro uma negociação com eles a cada solicitação, necessidade ou pedido especial. Mas não se trata de moeda de troca, de chantagem ou controle demasiado. Se eu tiver condições financeiras eu condiciono a liberação sempre amparado em alguma métrica ou resultado esperado em um prazo combinado; Se não tiver condições, eu digo NÃO e explico claramente a situação, os motivos e os porquês. Nunca escondi deles as oscilações, as emoções da Montanha Russa ou o sobe e desce da Roda Gigante da vida.

Em resumo, fazendo isso, estou promovendo e nutrindo valores como: Conquista, competição, realização, gratidão, respeito, humildade, resiliência, tenacidade, liderança, interdependência e empreendedorismo. Quem conhece meus filhos, sabem que eles carregam e praticam esses valores aqui mencionados.

Os meus filhos Empreendem desde pequenos e ganham o seu dinheiro “extra”, por conta do resultado apenas do esforço individual de cada um, o que de alguma forma, substitui também a mesada. Meu papel neste caso, é ajudar a organizar, controlar e a disciplinar os gastos e investimentos, ou seja, dar noções de responsabilidade, planejamento, o uso consciente do dinheiro e limites, que são ferramentas essenciais para viver em sociedade.

Foi só por causa da falta da MESADA? Não posso afirmar isso, mas a acredito pela minha prática que a Educação Doméstica sem a “proteção tradicional”, que mostre a realidade da vida e que valorize o Capital Intangível, seja a base para transformar as crianças de hoje em adultos mais preparados para enfrentar a vida.

Uma coisa eu tenho convicção, SE meus filhos não conseguirem empregos formais daqui a 5 anos, certamente não estarão na fila dos desempregados, pois estarão bem preparados e fortes psicologicamente para enfrentar a competição no novo mundo, buscarão seus próprios negócios, terão comportamento empreendedor e serão os protagonistas do seus próprios destinos. E óbvio, não será porque eu os “protejo”, por uma suposta herança ou porque eles têm algo garantido!

Antes que me critiquem, quero deixar claro que não sou contra os pais que dão mesada aos seus filhos, apenas estou mostrando meus porquês e que a mesada não é a única ferramenta existente para Educação financeira.

Fonte: João Kepler, do site Administradores

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Conhecer as Próprias Habilidades

Uma recente pesquisa realizada pela ETALENT com apoio da Catho mostrou que 43% dos profissionais brasileiros já conhecem o seu principal talento. De acordo com os dados, 93% acredita que ter o conhecimento das principais habilidades é um fator decisivo para a carreira. Ter noção dos talentos pode gerar duas grandes oportunidades:

1– Autodesenvolvimento: A partir do momento em que se exerce o conhecer próprio, aumentam as chances de identificar os pontos fortes e fracos de cada perfil. A partir daí, os pontos fracos podem ser aperfeiçoados e os fortes aprimorados.

2 – Desenvolver uma carreira: Quando se adquire ciência sobre o talento, se pode não apenas potencializá-lo como também correlacioná-lo com algum cargo, tanto no que desempenha atualmente quanto no desejado. Assim, é possível aproveitar a oportunidade para se desenvolver e alcançar a profissão esperada.

Em 2012, a ETALENT lançou o MyEtalent, uma plataforma completa para autoconhecimento e autodesenvolvimento que auxilia pessoas e empresas em suas jornadas.

“A proposta do MyEtalent é principalmente aproximar as pessoas do exercício do autoconhecimento e autodesenvolvimento, para que elas possam alcançar os seus principais objetivos”, afirma Jorge Matos, presidente da Etalent.

Ainda de acordo com a pesquisa da Etalent/Catho, a crença de que conhecer o seu verdadeiro talento é algo importante para ter sucesso tanto na vida pessoal como na profissional é praticamente unânime.

“Muitas pessoas se dizem infelizes em sua trajetória profissional, mas ao mesmo tempo confessam que não conhecem seu principal talento. Saber sobre seu talento é fundamental para a felicidade na carreira, pois quando o indivíduo sabe qual cargo está mais de acordo com o seu perfil, mas perto ele está do sucesso”, conclui Matos.

Sobre a ETALENT

A ETALENT é uma empresa de tecnologia especializada na gestão da mudança pessoal e na educação do comportamento. Desde 1987 vem desenvolvendo um conjunto de soluções inovadoras para potencializar o talento das pessoas e os resultados de organizações de pequeno, médio e grande porte. A empresa conta com uma equipe de 60 colaboradores e um universo de 2 mil clientes, dentre eles Petrobrás, Magazine Luiza, Coca-Cola, Vivo, Oi, Embratel e Rede Globo. Ao longo dos últimos anos, a ETALENT se consolidou como uma das líderes no desenvolvimento de projetos de atração, educação, gestão e manutenção de pessoas.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Planejamento e Comunicação em tempos de recessão

Não deixe o dia-a-dia engolir você, principalmente neste momento de crise. Atividades operacionais
são importantes, pois garantem o resultado no final do dia. Mas quando dedicamos 100% de nossos dias a atividades operacionais, estamos deixando escapar oportunidades e, pior, deixamos de ver as ameaças que começam a tomar vulto logo à frente.

Muitas empresas se encontram em meio a uma violenta competição baseada apenas em preço, ou seja, só conseguem vender aviltando seu preço cada vez mais. Se olharmos apenas o operacional, o dia-a-dia, a ação mais imediata vai ser reduzir custos, reduzir preço, reduzir pessoal, reduzir, reduzir e reduzir, até o ponto em que a própria produção se torna inviável.

Parar, respirar, olhar ao redor, analisar e planejar pode mostrar que modificações no produto ou ações de inovação permitirão restabelecer a lucratividade anterior. Mas, para fazer isso, é importante conhecer o cenário todo, suas forças e fraquezas, as virtudes e defeitos dos concorrentes e, finalmente, as oportunidades de crescimento e ganho.

Mas um ótimo planejamento de marketing é apenas o ponto de partida. Além de aspectos importantes relativos à produção ou prestação de serviço, você vai precisar informar o mercado sobre suas atividades através de técnicas de comunicação inovadoras, que não representem riscos ao seu orçamento.

Planejar e comunicar são ainda partes de uma equação maior que leva ao sucesso, pois você precisará ter uma estrutura tecnológica simples, prática, eficiente, que permita colher os resultados que você está articulando através de um bom plano de marketing e de uma comunicação mais efetiva.

Como você vê, o sucesso se sustenta em diferentes iniciativas que estão ao alcance até mesmo de pequenas e médias empresas, desde que articuladas em conjunto e com inteligência. Saiba que não é pecado nenhum se sua empresa não detém esse conhecimento, pois esse é um aprendizado que pode ser conseguido no mercado. E, nesse sentido, o primeiro passo a dar é reconhecer que precisamos de ajuda e buscar esse apoio.

Menos guerra de preço, mais diferenciação.

Você não diferencia sua empresa fazendo exatamente o mesmo que seus concorrentes. Quer diferenciar seu negócio e sair da guerra de preço? Pense de modo diferente e para de fazer as mesmas coisas. Há três pilares importantes para diferenciar seu negócio: planejamento estratégico de marketing, comunicação e tecnologia.

O ponto de partida para o planejamento estratégico de marketing é o autoconhecimento empresarial. Você precisa conhecer seu mercado, seus clientes, as forças e fraquezas de seu negócio, bem como o potencial de produtos e serviços em operação ou ainda em gestação.

Concluída essa etapa, você precisa definir as tecnologias de informação e comunicação que podem ajudar sua empresa a implementar o planejamento estratégico com sucesso, avaliando, inclusive, aspectos como a terceirização da área de TI em função da constante dinâmica de mudança desse segmento.

Por fim, você precisará planejar a comunicação com seus públicos de interesse, lembrando-se de que comunicação não é apenas site, folders, anúncios ou catálogos, mas também interagir com seus clientes através das redes sociais, ouvindo-os, relacionando-se e usando os inputs dos clientes para melhorar produtos e serviços.

Bons negócios.

Publicado originalmente em https://www.mundodomarketing.com.br/blogs/marketing-para-pme/34530/planejamento-e-comunicacao-em-tempos-de-recessao.html