terça-feira, 14 de abril de 2015

Gestão de pessoas: a chave contra a crise

Os executivos brasileiros demonstram-se preocupados com o atual momento econômico. O ano de
2014 foi extremamente desafiador e 2015 segue a mesma circunstância, atenuado pelas incertezas dos setores de infraestrutura e energia, que são fundamentais para sustentar o crescimento a médio e longo prazos.

Diante desse cenário, muitas empresas têm repensando suas estratégias de mercado e estão focando em rentabilidade, por meio de boas práticas de gestão e contratação de executivos mais preparados para esses desafios. Cada vez mais têm sido demandados gestores com capacidade de agrupar pessoas com interesses em comum, que consigam expressar visão e engajar os funcionários dentro dos valores da empresa.

Uma das grandes falhas nas contratações das empresas é o fato de se observar apenas a educação e as conquistas que o executivo teve durante a carreira, o que acaba não retratando como o líder realmente é e se ele é oportuno à organização. Nos processos seletivos que tenho liderado, percebo que o perfil de liderança exigido pelas organizações também mudou. Hoje, o gestor precisa apresentar, além dos resultados, a forma como eles são alcançados.

A perspectiva de crescimento tímido da economia é apenas um dos causadores dessa movimentação. O executivo brasileiro passou a entender que sua empresa precisará se preparar para essa realidade desafiadora, pois a economia poderá continuar se contraindo nos próximos trimestres. Contudo, a competição não diminuirá, sendo que outras empresas chegarão para concorrer no mercado interno em busca de maiores fatias.

O Grupo Fesap, especializado em executive search, realizou pesquisa em 2013 com CEOs (Chief Executive Officer, Diretor Executivo, na tradução livre) de grandes empresas para entender quais seriam as suas prioridades nos próximos cinco anos e como iriam se preparar frente ao contexto econômico mundial. Revelou-se que a preocupação com o capital humano faz parte da maioria das agendas, mostrando que muitos fatores que eram importantes até pouco tempo agora dão espaço à gestão de pessoas, que possui impacto direto nos negócios e no faturamento das empresas.

Trazendo para 2015, nunca vimos guerra tão latente entre as empresas, na qual o fator central da disputa não são mais maquinários ou tecnologias avançadas, mas sim os talentos humanos. Entre os principais perfis identificados, a busca por liderança voltada a fomentar inovação e criatividade tem ganhado destaque. Isso nos mostra a importância de contratar certo nos momentos de crise.

(Artigo do Diário do Grande ABC, de autoria de Leonardo Massuda, que é diretor da consultoria de busca e seleção de executivos Asap Recruiters)

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